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Pesquisadores do Icict e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio apresentaram durante o 15º Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital – SBGames 2016, realizado entre os dias 8 e 10 de setembro de 2016, o material produzido pela Fiocruz para a área de Jogos em Saúde.
Marcelo de Vasconcellos, Flávia Carvalho, do Polo de Jogos e Saúde (Multimeios/Icict), e Cynthia Dias, da Poli, apresentaram seus papers, deram palestras e participaram do workshop Jogos em Saúde, durante os dias do evento, que é considerado o maior da América Latina na área de jogos e entretenimento digital. O Simpósio, uma realização da Sociedade Brasileira de Computação, reúne pesquisadores, estudantes e empresários do Brasil e de países como Argentina, Peru, Uruguai, Estados Unidos, Inglaterra e Portugal, dentre outros.
O Simpósio é dividido em “trilhas”, Festival de Jogos, Mostra de Arte e Tutoriais. Ao todo são quatro “trilhas” – Computação, Artes e Design, Indústria e Cultura, onde são apresentados artigos e pôsteres. Na trilha de Artes e Design, Marcelo de Vasconcellos e Flávia Carvalho abordaram os quizzes produzidos para o Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas)/Fiocruz, no trabalho “Misturando entretenimento e comunicação para a saúde: criação de dois testes de personalidade para o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas”, de Flávia Garcia de Carvalho, Marcelo Simão de Vasconcellos, Alexandre Augusto Andrade da Ressurreição, Inesita Soares de Araujo, Rosany Bochner.
Na trilha de Cultura, foi a vez do trabalho “A saúde na literatura acadêmica sobre jogos: uma análise das publicações do SBGames”, de Marcelo Vasconcellos, Flávia Carvalho, Marcia Capella, Cynthia Dias, Inesita Araujo. O trabalho estudou a produção de papers relacionados à saúde dos últimos seis anos do SBGames, com o objetivo de identificar, categorizar e analisar que sentidos de saúde emergem dessa produção. Também nessa trilha foi apresentado o trabalho “Construção de jogos e aprendizagem nos artigos da SBGames: onde Design e Educação se encontram?”, de Cynthia Dias, Jackeline Farbiarz, Flávia Carvalho e Marcelo Vasconcellos, onde foram examinados os papers publicados nos últimos seis anos nos anais do SBGames (2010-2015), que tratam de experiências de construção de jogos em ambientes educacionais, analisados em função de suas abordagens educacionais e de construção de jogos.
A partir da iniciativa pioneira de Marcia Ito, pesquisadora da IBM Brasil, foi realizado, dentro so SBGames 2016, o I Workshop de Jogos e Saúde, que é uma atividade conjunta das comissões especiais de Jogos e Entretenimento Digital (CE-Jogos) e de Computação Aplicada à Saúde (CE-CAS) da SBC, voltada para a disseminação e discussão de iniciativas de desenvolvimento e aplicação de jogos na área de saúde.
Com três palestras de 45 minutos, o workshop, iniciou com Marcelo de Vasconcellos, apresentando a palestra Jogos, Participação e Saúde, na qual ele fez um levantamento do desenvolvimento histórico sobre jogos para a saúde, abordando a seguir a importância dos jogos digitais como promotores da participação popular em questões de saúde. Vasconcellos defendeu que os jogos “podem contribuir como meios para ampliar a participação popular nas discussões sobre políticas e práticas de saúde, auxiliando na concretização do importante princípio do SUS que defende a participação comunitária na saúde”. Flávia Carvalho falou sobre “A saúde em jogos digitais de entretenimento: ética, ficção científica, ciborgues e sistemas de saúde”, que abordou o enfoque dado a questão de saúde nos jogos, seus limites e seus avanços – “a tendência dos jogos de temas de ficção científica, mais especialmente o subgênero cyberpunk, em que as tecnologias penetram de maneira visceral no corpo das pessoas e no funcionamento de sociedades desiguais”.
Concluindo as palestras, Janaina de Souza Simões (USP) e Aurelio Akira M. Matsui (IBM) apresentaram o tema “Desafios na construção de uma plataforma para reabilitação de paciente afásicos”, onde compartilharam a experiência da equipe no desenvolvimento da plataforma, expor resultados já alcançados e apontar os passos futuros do projeto, que trabalha com a afasia – “distúrbio de comunicação, proveniente de uma lesão neurológica, que acomete principalmente pacientes idosos e que pode prejudicar a linguagem expressiva e/ou receptiva.”
Vários jogos em diferentes graus de complexidade e suportes foram demonstrados durante o Workshop. A professora da Escola de Enfermagem da USP, Denise Maria de Almeida, apresentou os jogos de tabuleiro da Escola. Já o Núcleo de Jogos de Enfermagem da USP pela professora Denise Maria de Almeida, seguidos dos jogos desenvolvidos na Fiocruz por integrantes do nosso Polo de Jogos e Saúde, que é coordenado por Vasconcellos: "Suslândia — o Jogo do SUS", por Cynthia Macedo Dias, o newsgame "Jogo do Acesso Aberto" e o jogo "Quem Deixou Isso Aqui?!", apresentados por Flávia Garcia de Carvalho (ilustradora do Multimeios e doutoranda do PPGICS) e "Contato: um jogo sobre a depressão", apresentado pela bolsista PIBITI do Polo, Tathiana Sanches. O professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e coordenador de quatro jogos digitais voltados para pessoas com necessidades especiais, André Brandão, apresentou os jogos Jecripe, o Jecripe 2, o ParaJecripe e lançou no evento o Wheelchair Jecripe.
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