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Um grande publico esteve presente no evento emocionante em homenagem ao primeiro diretor do Icict e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Henrique Leonel Lenzi, realizado na Biblioteca de Ciências Biomédicas, na sexta-feira (16/12).
Na mesa de abertura, Claude Pirmez, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Jorge Bermudez, vice-presidente Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Tania Araújo-Jorge, diretora do Ioc, Umberto Trigueiros, diretor do Icict e Paulo Henrique Scrivano Garrido, coordenador da Biblioteca de Ciências Biomédicas lembraram de importantes momentos pessoais e profissionais do pesquisador. A solenidade também contou com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Ernani Gadelha Vieira.
Umberto Trigueiros destacou o momento especial de homenagem, em parceria com o IOC, ao primeiro diretor do Icict, a última atividade institucional do ano de comemoração dos 25 anos da unidade. “Lenzi era um homem antenado com o tempo, com a construção de novas formas de fazer divulgação científica. Junto com seu profícuo trabalho científico de formação de nova geração de pesquisadores, desenvolveu pesquisas fundamentais na área da Patologia. Sua contribuição para o centro científico da Fiocruz e do Brasil é enorme”, revela.
A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz lembrou dos seus momentos com Lenzi e destacou a figura do pesquisador como um homem de inquietação intelectual e comprometido com a ciência.
“Conheci seu interesse em temas como História da Ciência e cheguei a participar de cursos organizados por ele no IOC. Ele era um homem entusiasmado e dedicado às atividades de vocação científica, tão importante para a Fiocruz”, disse Nísia. E chamou a atenção para esse momento de homenagem como mais um marco de seu trabalho. “Lenzi deixa uma marca de vida que fica no nosso trabalho, ele foi pesquisador, professor e, de forma muito importante, construtor da Fiocruz”, lembra.
Jorge Bermudez, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, destacou o papel de Lenzi como pesquisador e vice-presidente de Pesquisa, cargo ocupado por ele entre 1990 e 1991. “Sua memória está perpetuada e é muito significativo o fato dessa homenagem ser realizada em conjunto entre duas unidades da Fiocruz. Isso representa o que ele sempre fez: pessoa que pensou à frente de seu tempo, trabalhou em diversas áreas e soube dar esse exemplo para outros”, aponta.
Claude Pirmez, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, falou sobre a importância do trabalho de Lenzi na área de Patologia, na qual dedicou-se à pesquisa da ‘Patologia e Imunopatologia de Doenças Infecciosas e Parasitárias com destaque em granuloma’, dos ‘Mecanismos de Eosinofilia’, a ‘Morfobiologia, Ontogenia e Filogenia dos Órgãos Linfohematopoiéticos’. A vice-presidente lembrou da participação de Lenzi em uma reunião apelidada de “reunião dos patologistas jovens”. “Ele trouxe para esse mundo, a inovação, e sua atuação foi muito importante nessa área, além de sua pesquisa, formou pessoas, formou opinião”, conta.
A diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, mostrou diversas imagens e lembrou momentos com o pesquisador, como a coordenação do I Encontro do IOC, em 2003, no qual ele redigiu relatório que se tornou a base do plano de gestão da unidade em 2005. “Naquele ano, ele foi a primeira pessoa que chamamos para compor a chapa para concorrer a diretoria do IOC, mas já lutava contra o câncer e não pode fazer parte. Mesmo assim esteve muito presente”, diz.
O coordenador da Biblioteca, Paulo Garrido, chamou a atenção para a preocupação de Lenzi com os trabalhadores da biblioteca, principalmente, a partir de 1986, quando assume o cargo de diretor da então Superintendência de Informação Científica (SIC), hoje Icict. Em 1988, Lenzi foi responsável pela criação do Núcleo de Vídeo da Fiocruz, o setor de programação visual, vinculado à gráfica da Fiocruz, e o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi), que originaram serviços estratégicos do Icict. “Por várias vezes Lenzi fez palestra e motivou esses trabalhadores destacando a importância desse trabalho para a área de pesquisa da Fiocruz. Esse contato com os pesquisadores foi fundamental”, lembra.
Além da edição especial do Centro de Estudos do IOC, do lançamento da edição especial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1361&sid=32) e mostra de fotos sobre a trajetória de Lenzi na Fiocruz, o Salão de Leitura da Biblioteca de Ciências Biomédicas passou a se chamar Henrique Leonel Lenzi. A inauguração do espaço, com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha foi o ápice desse momento de homenagens.
Para Gadelha, a homenagem “a um dos grandes nomes que marcou a vida da Fiocruz por seu percurso acadêmico e capacidade que tinha de pensar em diversas dimensões” é muito pertinente. “Lenzi teve uma presença forte como formador de escolas, pensamentos e linhas de pesquisa que perduram. O salão de leitura é muito apropriado para pensar o Lenzi por ser local da diversidade do pensamento e essa biblioteca tem toda uma história vinculada a sua participação. A Fiocruz tem muito a agradecer e esse momento significa que não esquecemos nunca aqueles que constroem o que há de mais significativo na instituição”, revela.
Sua viúva e também pesquisadora, Jane Lenzi, disse que essa homenagem mostrou exatamente o interesse de Lenzi porque uniu ciência, arte e música. “Ele sempre dizia que a ciência tinha que ser como vasos comunicantes, que as pessoas deveriam ter sempre o desejo de aprimoramento, porque, ao fazerem isso, estavam contribuindo para que o grupo todo se aprimorasse. Essa era a sua filosofia, na vida e na ciência”, conta.
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