Next faz cinco anos conectando saúde e tecnologias interativas

por
Graça Portela
,
09/01/2015

Em outubro, o Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas - Next, do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC), do Icict, completou cinco anos. A ideia do Núcleo nasceu em dezembro de 2007, num evento da Fiocruz no qual se discutia o uso da Web na Fundação. A comemoração foi discreta e feita apenas pela equipe do Núcleo, liderado pelo pesquisador Nilton Bahlis. A equipe não para, sempre ligada nas novas tecnologias, buscando e trocando informações pela internet com internautas de todas as idades e de diversas cidades no Brasil e no mundo.

O Núcleo começou experimentando as tecnologias que emergiam com a Web 2.0, como um caminho para incorporar a internet e as práticas interativas na pesquisa, na educação, nos serviços de saúde, no SUS e na Fiocruz. Cinco anos depois, acompanhando a evolução das tecnologias, o Next se reinventa a cada dia. Em entrevista concedida ao site do Icict, o coordenador do Núcleo, o pesquisador Nilton Bahlis - que foi o "mentor e anfitrião do TEDxFiocruz", realizado em 2011, fala da trajetória do Next, sua participação do Projeto Fiocruz pelo Brasil Sem Miséria e as perspectivas para os próximos anos.

Qual o trabalho específico do Next?

O Next tem a natureza de um laboratório que se propoe a refletir sobre as necessidades e possibilidades abertas pela complexidade, pelo surgimento da Internet, das Redes Sociais,  e tecnologias de práticas interativas e colaborativas. Ele é o lado “prático” do Grupo de Pesquisa Tecnologias e Práticas Interativas na Pesquisa, Educação e Saúde, se dedicando a pesquisas e atividades relacionadas a experimentação, construção de metodologias, de uso e implantação de recursos, elaboração de produtos estudados pelo Grupo de pesquisa, em particular na área de saúde.

O Next completou cinco anos em outubro de 2014. O que o senhor destacaria desse período?

Que o Next se transformou em uma referência para quem descobriu e descobre as potencialidades das tecnologias interativas e da Internet, através de uma série de iniciativas, intervenções, experimentações e cursos. O Next fez consultorias, desenvolveu cursos de especialização ("Introdução a Educação em Ambientes Virtuais" e "Andando nas Nuvens") e dois cursos de Pós-Graduação Lato Sensu ("Pensando a comunicação, a Informação e a Saúde na Era da Complexidade" e as "Redes Sociais Antes e Depois da Internet").

Qual a participação do Next na Rede Fiocruz no Brasil sem Miséria?

O Next criou a Rede Fiocruz no Brasil sem Miséria no Facebook, hoje com 835 membros, e transformou-a em um espaço de informação e articulação de seus diferentes projetos Ela ganhou consistencia ao tornar visíveis nacionalmente as experiência que são desenvolvidas, por exemplo, com as transmissões on-line das Expedições do BSM.

Atualmente, que projetos estão sendo desenvolvidos pelo Next?

Temos vários projetos hoje em curso. Além dos estruturantes com a Incubadora de Educação em Ambientes Virtuais, temos o Projeto Emergentes que ganhamos na Faperj que pretende criar um ambiente comum para uma série de pesquisas na Fiocruz que trabalham na ponta do sistema de saúde, em interação e colaboração com a sociedade, o que é fundamental na concepção do SUS.
Além disto temos em curso, projeto financiado pela Faperj, sobre “Objetos Virtuais Interativos de Aprendizado’ e outro do CNPq, de uma revista para pensar "uma nova forma de comunicação científica: o uso de tecnologias interativas e emergentes na área da saúde”, ainda sem nome; além de nossa participação no projeto Brasil sem Miséria.

E quais são as perspectivas para os próximos cinco anos?

No próximo período pretendemos sistematizar a produção teórica do Next, estruturar suas atividades acadêmicas e o Grupo de Pesquisa Tecnologias e Práticas Interativas na Pesquisa, Educação e Saúde, certificado pelo CNPq, e organizar projetos mais globais de implantação de Tecnologias Interativas na Fiocruz e na Saúde. A intenção é consolidar estas experiências e contribuir para colocar a Fiocruz em sintonia com um mundo conectado que vivemos.

Fotos: Arquivo Pessoal Nilton Bahlis

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Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
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