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Os últimos dias foram intensos para os vencedores do Hackathon em Saúde. Eles participam, desde terça-feira, 31/01, da 10ª Campus Party, em São Paulo, onde já assistiram palestras sobre ciência, empreendedorismo e tecnologia, além de oficinas de inovação. Alguns decidiram se desafiar novamente em outros hackathons que estão sendo realizados no festival. São 16 jovens representantes das equipes vencedoras que receberam como parte da premiação a participação no festival, que é um dos maiores eventos de tecnologia do mundo.

“O evento superou minhas expectativas. A programação é muito diversificada. Estou aproveitando para conhecer os stands e assistir palestras sobre empreendedorismo”, conta o microempreendedor Matheus Coutinho, 25, da equipe Chroma, que desenvolveu um jogo para o Museu da Vida da Fiocruz. Seu xará, Matheus Avellar, 18, se interessou pelas palestras do Palco Ciência. "Um dos destaques, para mim, foi a palestra sobre emaranhamento quântico", comenta. É a primeira vez que estão na Campus Party.

Em sentido horário, da esquerda para a direita: Thaís Castro, Matheus Avellar, Yago Azedias, Matheus Coutinho, Gabriel Madeira e Valéria Castro. No centro: Wanderson Trindade e Carlos Eduardo Farias. Foto: André Bezerra - Ascom/Icict
 

O estudante Lucas Gomes, 18, destacou as palestras e workshops voltados para design e inovação. “Os temas estão muito marcantes e atuais”, opina. Ele e outros campuseiros egressos do Hackathon em Saúde se inscreveram em Hackathons da Campus Party. A equipe do programador Carlos Eduardo Farias, 18, está desenvolvendo soluções transformadoras para a sociedade por meio dos chatbots, que são mecanismos de automação em serviços de mensagens.

A estudante Thaís Castro, 25, que veio ao evento com seu irmão Gabriel Madeira, 26, buscou conteúdos mais voltados para a área social. “Assisti palestras sobre mulheres no mercado de trabalho, educação e novas mídias. Está crescendo a discussão sobre os benefícios das tecnologias para a sociedade, mas ainda há espaço para uma contribuição maior”, afirma a jovem, que estuda serviço social.

Para o coordenador do Centro de Estudos do Icict, Marcel Pedroso, que coordenou o Hackathon em Saúde, a vinda dos jovens à Campus Party é um desdobramento importante desta atividade. “Está sendo gratificante acompanhá-los aqui, pois estamos expandindo a rede de desenvolvedores, designers e outros profissionais que atuam na área entre tecnologia e saúde, que é uma de nossas missões”, ressaltou. “Além disso, é uma oportunidade única para esses jovens aprenderem, ensinarem e trocarem idéias nesse ambiente de inovação colaborativa que é a CPBR”, completa.

Destaques da #cpbr10

The Big Hackathon

Em 100 horas, desenvolvedores, designers e afins criaram soluções tecnológicas para promover os 17  Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). As soluções mais interessantes e inovadoras serão chanceladas pelo PNUD e serão recomendadas para lançamento posterior.

Diversidade

Nas diversas bancadas, palcos e oficinas da Campus Party, os tons da diversidade foram representados por grupos e coletivos como o Campus Pride, voltado a comunidades LGBT, e a WoMakers Code, que promove o empoderamento feminino nas Tecnologias da Informação.

Divulgação científica

Dezenas de veículos independentes de divulgação científica estiveram na Campus Party para debater a os assuntos mais atuais sobre essa temática. Realizadores de canais de vídeos do coletivo Science Vlogs discutiu o problema das fake news (notícias falsas) na internet e como os canais independentes vem atuando para conter a desinformação e promover melhores conteúdos. O grupo #SciCast também esteve presente divulgando seu podcast, que é bastante popular entre o público campuseiro.

Jogos em Saúde

Em tempos de epidemias, a Campus Party divulgou jogos de importância para a sociedade, os serious games. Um deles foi o #StrikeAedes, promovido pelo Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo. Seus criadores estiveram na arena acompanhados de um Aedes gigante (foto na galeria) para mostrar como funciona o jogo: um quiz com mil perguntas sobre dengue, zika e chikungunya. O aplicativo está disponível para dispositivos Android. 
 

Foto do Banner: Raphael Martinelli/Campus Party Brasil/Divulgação

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