Frames: IdeiaSUS & VideoSaúde Distribuidora

A Plataforma IdeiaSUS Fiocruz [3] lança dez novos episódios de Vozes da Saúde [4] (uma parceria com a VideoSaúde Distribuidora), as experiências da IdeiaSUS, alcançando a marca de 81 relatos sobre as lutas, os desafios, a criatividade e o compromisso de trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os novos vídeos, está Arbovirose Zero [5], projeto do município de Barra do Piraí (RJ), que nasce em 2017, mas que ganha destaque na atualidade, em meio à emergência em saúde pública para dengue. Quem fala sobre a proposta, pautada na mobilização social e no envolvimento de escolas, educadores, crianças e jovens, é a idealizadora Irineia Sant’Anna Rosa, diretora-geral de Vigilância em Saúde, e Jaciara da Costa, técnica em meio ambiente e agente de combate a endemias do município.  

No episódio Oficina de jogos e desenhos do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas (Caps-AD) [6], por sua vez, o foco é o trabalho de um coletivo terapêutico do Caps-AD de Barra Mansa (RJ). Segundo a psicóloga Bruna Ferreira Sanches e o artesão e estudante de serviço social Luiz Claudio de Carvalho, o projeto é construído junto com os usuários da unidade, permitindo aos profissionais acessarem a questões internas dos pacientes que em um atendimento convencional não seria possível. 

Já o episódio Programa Saúde na Escola [7], retratado pela enfermeira Ingrid Resende Moreira, da Atenção Primária à Saúde do município de Porto Real (RJ), trata de um projeto que envolve as secretarias municipais de Saúde e Educação. O objetivo é a detecção de problemas oftalmológicos entre os alunos da rede de ensino. Para isso, conta com a observação de professores, que encaminham os alunos para a atenção primária e especialistas. 

Intitulado Importância da equipe multidisciplinar no tratamento e cotidiano das pacientes com fibromialgia [8], este episódio de Vozes da Saúde fala sobre um projeto que nasce na fisioterapia e passa a integrar outras áreas do SUS de Itatiaia (RJ). Quem apresenta a iniciativa é a fisioterapeuta e coordenadora e responsável técnica da fisioterapia do município, Paula de Oliveira Motta, que foi diagnosticada com fibromialgia. O trabalho envolve o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e a oferta de atividades físicas, massagens, terapia e grupos de apoio. Paula Motta apresenta, também, outra importante iniciativa desenvolvida na região, que tem como título A importância da equipe multidisciplinar no programa de osteoporose de Penedo [9]. Em parceria com o médico ortopedista e o clínico geral do distrito de Itatiaia, foi montado um programa de prevenção da osteoporose, que abarca, em grande parte, mulheres acima de 60 anos. Similar ao trabalho da fibromialgia, as usuárias do SUS participam de atividades físicas, grupos de apoio, fisioterapia preventiva, e as que já têm a doença são acompanhadas pela equipe médica.  

Saúde do trabalhador rural: integração intersetorial e avaliação da situação da saúde do trabalhador [10] dá título ao episódio apresentado pela coordenadora do Programa de Saúde do Trabalhador de Resende (RJ), Izabela Mazza. O programa vem atuando junto ao trabalhador rural do município desde 2020, buscando identificar situações de risco, acidentes e doenças derivadas do trabalho. 

De Piraí (RJ), surgem mais duas potentes iniciativas. Em Equipe multidisciplinar: um olhar psicossocial na atenção à infância e adolescência [11], o foco são 206 crianças e adolescentes atendidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Como parte do trabalho, criaram-se protocolos e fluxos com outros dispositivos da rede. Paralelamente, desenvolve-se o projeto Adole-Ser: a clínica em movimento, cuidado e promoção de saúde mental de adolescentes [12]. A iniciativa, que traz um olhar mais ampliado para um grupo populacional peculiar, surge em decorrência do aumento no encaminhamento para o serviço de saúde mental de jovens entre 12 e 16 anos. Os dois relatos são feitos pela psicóloga e coordenadora da Saúde Mental de Piraí, Fátima Regina. 

Em Carmo (RJ), desponta o projeto Centro de convivência como ferramenta de cuidado e promoção de saúde no território [13]. A iniciativa, conforme relata a psicóloga e coordenadora de saúde mental do SUS municipal, Érica Victório, nasce no contexto de formação da rede de atenção psicossocial. Essa, por sua vez, é criada por conta do fechamento, em 2001, do hospital estadual psiquiátrico, em decorrência da Reforma Psiquiátrica brasileira (Lei 10.216/2001).  

E, em Petrópolis, emerge o projeto Amamentação e leite materno ordenhado nos Centros de Educação Infantis [14]. Segundo a enfermeira e idealizadora do Amamenta Petrópolis, Patrícia Machado, trata-se de uma iniciativa de incentivo à amamentação, permitindo às mães amamentarem nos Centros de Educação Infantil, que são as creches públicas do município.