Covid-19: Regionalização do SUS e as Desigualdades Socioespaciais são temas de defesa de mestrado do PPGICS

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
,
18/04/2023

Foto: Paciente com Covid-19 internado | Agência Senado | Mário Oliveira (Semcom) | Creative Commons (CC)

Será realizada no dia 28 de abril, a próxima defesa de dissertação de Mestrado, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), do Icict, que tem como tema “Regionalização do SUS e as Desigualdades Socioespaciais no Acesso à Internação por Covid-19, no estado do Rio de Janeiro”, do aluno Rafael Teixeira.

Orientado por Ricardo Dantas, coordenador do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde – Proadess, Teixeira fez “um estudo ecológico a fim de analisar como as desigualdades socioespaciais impactaram o acesso aos serviços de saúde a partir dos fluxos para internações e como foram evidenciadas pela pandemia da Covid-19”, no estado do Rio de Janeiro, no período de 2020-2022.

Umas das conclusões do estudo foi que “as desigualdades já existentes foram ampliadas com a pandemia da Covid-19” e que muitos municípios fluminenses “não possuem uma rede própria com recursos suficientes para ofertar a melhor qualidade da assistência em saúde”.

Veja abaixo o resumo do trabalho que será apresentado por Rafael Teixeira.

Defesa de Dissertação de Mestrado

Título: Regionalização do SUS e as Desigualdades Socioespaciais no Acesso à Internação por Covid-19, no estado do Rio de Janeiro 

Aluno: Rafael Francisco Teixeira

Orientador: Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca: 

Titulares

Drª Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Dr. Diego Ricardo Xavier Silva (LIS/ICICT/FIOCRUZ) 

Suplentes

Dr. Marcel de Moraes Pedroso (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Drª Mariana Vercesi de Albuquerque (DAPS/ENSP/FIOCRUZ) 

Data: 28/04/2023 – 6ª feira | Horário: 13h30min 

Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré 

Resumo:  Durante a pandemia da Covid-19, esperou-se muito uma resposta efetiva do Sistema Único de Saúde (SUS), porém as desigualdades espaciais contribuíram para a disseminação da doença no país, colocando em xeque o processo de isolamento social, contribuindo para inúmeras restrições como por exemplo acesso aos insumos para higiene e proteção, assim como, dificuldade para aquisição de insumos e tecnologias para assistência hospitalar. Além disso, a complexidade para obtenção de leitos e respiradores por parte da rede pública geraram inúmeras distorções e críticas em relação a distribuição dos recursos necessários, contribuindo para o cenário caótico vivido nos momentos de auge da epidemia no país.

Este estudo teve como objetivo analisar como a pandemia impactou o acesso aos serviços de saúde e suas relações com as desigualdades espaciais no estado do Rio de Janeiro em suas diferentes regiões de saúde entre os anos de 2020 e 2022.

Trata-se de um estudo ecológico a fim de analisar como as desigualdades socioespaciais impactaram o acesso aos serviços de saúde a partir dos fluxos para internações e como foram evidenciadas pela pandemia da Covid-19. Para isso foram desenvolvidas revisão bibliográfica e análise de volumes de internações e fluxos para atendimento hospitalar nas Regiões de Saúde e municípios.

Os resultados apontam que as desigualdades já existentes foram ampliadas com a pandemia da Covid-19, já que a procura pela atenção se estendeu a maioria dos municípios, por leitos clínicos e de terapia intensiva. Percebeu-se que, muitos municípios do estado do Rio de Janeiro, não possuem uma rede própria com recursos suficientes para ofertar a melhor qualidade da assistência em saúde. Conclui-se, portanto, que apesar dos avanços no processo de regionalização aos longos dos últimos anos, o estado do Rio de Janeiro carece de debates e políticas mais focadas na redução das desigualdades em saúde. A pandemia da Covid-19 trouxe a reflexão sobre a fundamental integração de políticas públicas em saúde dos três entes federados (Governo Federal, Estados e Municípios), visando a medidas estratégicas para garantir o acesso à saúde de maneira integral e minimizando danos inerentes as doenças emergentes e reemergentes. 

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