ICICT | Fiocruz - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica

Com o objetivo de contribuir para a ampliação do acesso ao conhecimento científico no campo da saúde, a Fiocruz passou a integrar a rede internacional GO FAIR, uma iniciativa global para a implementação da internet global de serviços e dados FAIR em todo o mundo. A sigla FAIR, em inglês, refere-se a dados de pesquisa que atendam critérios abertos de uso e reuso científico, a partir dos termos Findable (Encontráveis), Accessible (Acessíveis), Interoperable (Interoperáveis) e Reusable (Reutilizáveis).

Em janeiro, nos dias 15 e 16, duas instituições brasileiras estiveram representadas no primeiro encontro anual da rede internacional de implementação do GO FAIR, a Fiocruz e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que ocorreu na universidade de Leiden, na Holanda. O encontro deu início a uma programação de atividades previstas desde o último ano, quando a iniciativa GO FAIR formalizou 30 redes de implementação, em diferentes estágios de desenvolvimentos, de diferentes áreas do conhecimento, com finalidades acadêmicas e comerciais. Essas redes representam mais de 500 organizações internacionais em toda a Europa, Reino Unido, países nórdicos, Estados Unidos, Brasil e China.

O Brasil se fez presente por meio da apresentação da Rede GO FAIR Brasil, recém-criada durante o evento de comemoração dos 20 anos de criação do SciElo, em setembro de 2018, coordenada pela Dra. Luana Sales, pesquisadora do IBICT. Também foi apresentada a Rede GO FAIR Brasil Saúde, coordenada pela Dra. Viviane Veiga, chefe da Rede de Bibliotecas do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict).

Patrícia Henning, representante da Rede, apresentou as iniciativas brasileiras para o tema saúde. Foto: Acervo pessoal/Divulgação.

Segundo o manifesto de lançamento da GO FAIR Brasil Saúde, trata-se de “uma rede temática responsável pela elaboração de estratégias de implementação dos princípios FAIR no campo da saúde”, com foco na promoção do compartilhamento e reuso dos dados em saúde. A rede irá apoiar comunidades de pesquisa por meio de sub-redes que apoiem o desenvolvimento de infraestruturas de interoperabilidade, formatos específicos de dados, adaptação e adoção de padrões de metadados, uso de vocabulários controlados e ontologias das ciências da saúde e fortalecimento da web semântica em saúde.

A Rede GO FAIR Brasil Saúde

A primeira reunião da rede no país foi realizada no ano passado, em 6/12, durante o 10º Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde (CRICS10), realizado em São Paulo, quando foi elaborado o manifesto da rede. “Tivemos a participação de 12 instituições e de 22 profissionais que estão construindo esta nova história no compartilhamento de dados de pesquisa em saúde no Brasil”, detalha Viviane Veiga. Segundo a coordenadora, as principais atividades da rede nos próximos meses serão a elaboração de um plano de gestão de dados FAIR para o campo da saúde e o levantamento de padrões de metadados para dados de pesquisa dos domínios da saúde.

Lançamento da Rede Go FAIR Brasil Saúde, durante o CRICS10, em São Paulo. Foto: Acervo pessoal/Divulgação