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Uma caixa gigante, com uma surpresa aos curiosos: a oportunidade de fazer uma viagem no tempo. Em seu interior, visitantes podem experimentar um encontro com ninguém menos que Oswaldo Cruz. O médico, que revolucionou a ciência no Brasil, morreu em 1917. Mas, com a ajuda da tecnologia, reaparece como um holograma para falar diretamente às crianças e jovens do século 21.
Assim é a experiência da Fantástica Cápsula do Tempo da Ciência, que está instalada na Biblioteca de Manguinhos, no campus da Fiocruz, e pode ser visitada gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h às 16h. Não é preciso agendar.
Quando entram na cápsula, os visitantes já são recebidos pelo holograma de Oswaldo Cruz, interpretado pelo ator Gustavo Falcão. O cientista mostra como era o país em sua época, com inúmeras doenças assolando a população. Conta, então, dos esforços que liderou para conseguir vacinar os brasileiros – e da enorme resistência que encontrou. Com isso, traça um paralelo entre o presente e o passado, convidando crianças e jovens a combaterem a desinformação e as notícias falsas.
O caminho para chegar ao resultado final, conta o diretor, Pedro Monteiro, começou com um trabalho de pesquisa cênica criteriosa. “A gente não queria apenas um holograma com alguém parecido com o Oswaldo Cruz, mas queríamos a personalidade dele, dentro de sua época. Então, começa com uma pesquisa grande para caracterização, desde figurino e maquiagem, até a seleção do ator”, explica.
“A elaboração e a pesquisa do roteiro nos fez ver a dimensão da importância de Oswaldo Cruz na saúde brasileira, na história da ciência nacional e, principalmente, os desafios que ele sofreu, que devem ter sido muito desgastantes na época, pelas resistência que sofreu. Isso tudo foi fundamental na caracterização tanto do personagem como da narrativa que criamos, que, infelizmente, dialoga muito com o que vivemos hoje, da importância da vacinação”, explica.
Um dos desafios na execução do projeto foi adaptar a projeção ao tamanho da cápsula, que é desmontável e itinerante. “A ideia é exatamente expandir o projeto levando para outras unidades da Fiocruz, outros centros de pesquisa e museus de ciência. E também, no futuro, usar a mesma tecnologia para “convidar” outros cientistas do passado a dialogar com as nossas crianças e jovens”, explica a jornalista Daniela Lessa, coordenadora do projeto.
Estímulo à curiosidade
Criada por uma equipe do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, a Fantástica Cápsula do Tempo busca promover a valorização da ciência e estimular, sobretudo no público infanto-juvenil, uma reflexão sobre a importância da vacinação, da saúde pública e do acesso à informação.
“Nosso objetivo principal era aproximar crianças e jovens da ciência produzida no Brasil”, comenta Daniela. “Por isso procuramos uma linguagem que fosse familiar a essa faixa-etária. Pensamos no holograma como uma maneira de cativar a atenção dos mais jovens, despertando sua curiosidade para temas como saúde pública e memória nacional.”
A Fantástica Cápsula do Tempo se soma a outras atrações de divulgação científica que já existem no campus Fiocruz, voltadas especialmente a crianças e jovens, como o Parque da Ciência e o Museu da Vida.
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
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