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Arte: Vera Fernandes (Ascom/Icict/Fiocruz)
Ao abordar a principal causa de morte da população feminina na maioria das regiões do país – o câncer de mama – Juliana Batista, aluna do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde – PPGICS, analisa as desigualdades nas solicitações de mamografia no município do Rio de Janeiro, por meio do SISREG – Sistema Nacional de Regulação, estudando o impacto das campanhas, a infraestrutura do sistema de saúde primária durante a pandemia de Covid-19.
Seu orientador foi o pesquisador Christovam Barcellos, do PPGICS e do Laboratório de Informação em Saúde (LIS). Em seu trabalho, Juliana observou, dentre outros pontos, que “as áreas com maior cobertura de Estratégia de Saúde da Família (ESF) tendem a apresentar maiores taxas de solicitação de mamografia, bem como os meses de outubro se destacam por terem os maiores volumes a cada ano.”
Leia mais detalhes sobre a monografia a ser apresentada abaixo:
Aluna: Juliana Paranhos Moreno Batista
Título: Covid-19, Atenção Primária à Saúde e “Outubro Rosa”: uma análise sobre as solicitações de mamografias no SISREG no Município do Rio de Janeiro, de 2018 a 2022
Orientador: Christovam de Castro Barcellos Neto (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
Banca:
Titulares
• Dr. Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
• Drª Rejane Sobrino Pinheiro (IESC/UFRJ)
Suplentes
• Drª Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
• Drª Paula Chagas Bortolon (SMS/RIO)
Data: 23/08/2024 – 6ª feira | Horário: 10h
Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo: O câncer de mama é o tipo de câncer com a segunda maior incidência no Brasil, atrás do câncer de pele não melanoma. É a principal causa de morte por câncer na população feminina na maioria das regiões do país, com destaque para as regiões Sudeste e Sul.
No município do Rio de Janeiro, a estimativa da taxa bruta de incidência para câncer de mama feminina é de 130 por 100 mil habitantes em 2023, a maior entre todas as capitais do país. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a indicação é de que a mamografia de rastreio seja realizada a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos e para a mamografia diagnóstica, mulheres com sinais e sintomas suspeitos para esse tipo de neoplasia, independentemente da idade. Um diagnóstico em tempo oportuno possibilita maior sobrevida e menor morbidade, porém condições socioeconômicas, comunicacionais, geográficas, bem como questões de emergência em saúde pública podem trazer barreiras à descoberta precoce de doenças, em especial das neoplasias.
Esta pesquisa analisa as desigualdades nas solicitações de mamografia por meio do Sistema Nacional de Regulação (SISREG) no município do Rio de Janeiro e seus determinantes, como o impacto de campanhas, da infraestrutura do sistema de saúde primária, e o efeito da pandemia da Covid-19 no represamento dessas solicitações.
O estudo adota uma abordagem quantitativa exploratória e analisa dados de solicitações de mamografia (diagnóstica e de rastreamento). Foram comparados os volumes de solicitações nos períodos pré-pandêmico (2018-2019) e pandêmico (2020-2022) da Covid-19. No período analisado, foram registradas 436.036 solicitações de mamografia no SISREG, com a maior parte das solicitações concentrada na faixa etária de aproximadamente 50 a 70 anos.
Destaca-se o baixo volume de mamografias solicitadas, considerando que apenas para a mamografia de rastreamento seria necessário realizar cerca de 400.000 exames por ano no município. Observou-se uma queda significativa nas solicitações de mamografias durante os picos de casos e óbitos por Covid-19. Foi possível identificar também que as áreas com maior cobertura de Estratégia de Saúde da Família (ESF) tendem a apresentar maiores taxas de solicitação de mamografia, bem como os meses de outubro se destacam por terem os maiores volumes a cada ano.
A pesquisa evidencia a importância do planejamento de serviços com base na análise espacial da rede de saúde a partir das estimativas populacionais e características do território, bem como a relevância do SISREG como ferramenta de gestão e monitoramento da saúde pública, sugerindo melhorias nas práticas de rastreamento e na gestão de recursos de saúde.
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
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