PPGICS: Saúde do homem negro é tema da defesa de dissertação de mestrado

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
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04/05/2023

Foto: Idoso em hospital | Fonte: Jornal da USP | Autor: Jorge Maruta/USP Imagens

Com o objetivo de debater sobre a ausência de políticas de comunicação em saúde e estudos sobre a saúde do homem negro, a aluna da Pós-Graduação do Icict/Fiocruz, Thamires Gonçalves Pinto, defende a sua dissertação de Mestrado na próxima terça-feira, 09 de maio, às 10 horas, intitulada "Exercendo Políticas de Invisibilidade: uma análise interseccional das relações entre comunicação e saúde do homem negro no Brasil".

Sob a orientação  de Igor Sacramento, pesquisador do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces), Thamires fez um levantamento pelos acervos do Portal de Periódicos da CAPES e o Banco de Recursos Audiovisuais em Saúde da Vídeo Saúde e uma análise de forma crítica dos itens localizados que estivessem em coerência com o tema da promoção a saúde do homem negro brasileiro a fim de compreender os esforços realizados para alcançar este grupo, com base no escopo da saúde pública e coletiva, como as Políticas de Saúde Integral da População Negra e Nacional de Saúde do Homem. 

A aluna do PPGICS considerou as perspectivas sobre masculinidade hegemônica, masculinidades subalternas e a necessidade de compreender o advento das masculinidades negras, e como resultado aponta "uma grande lacuna na produção acadêmica sobre o tema", assim como "o potencial das ferramentas de busca para contribuir com a invisibilização de étnicos minoritários e os efeitos deletérios causados pela interseccionalidade entre raça, gênero e classe em um país em que celebra a falácia da democracia racial."

Leia abaixo o resumo da dissertação da aluna.

Defesa de Dissertação de Mestrado

Título: Exercendo Políticas de Invisibilidade: uma análise interseccional das relações entre comunicação e saúde do homem negro no Brasil 

Aluna: Thamires Gonçalves Pinto

Orientador: Igor Pinto Sacramento (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca: 
Titulares 
Drª Daniela Muzi (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Dr.  Julio César Alcântara dos Santos Sanches de Sousa (CES/UC) 

Suplentes
Drª Janine Miranda Cardoso (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Drª Flávia Pinto Leiroz (ECO-PÓS/UFRJ) 

Data: 09/05/2023 - 3ª Feira | Horário: 10h 

Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré 

Resumo: 

Esta Dissertação se propõe a levantar o debate sobre a ausência de políticas de comunicação em saúde e estudos sobre a saúde do homem negro, bem como compreender sobre as discussões de gênero dentro do Sistema Único de Saúde, com ênfase em ações que fazem parte do escopo da saúde pública e coletiva, como a Política de Saúde Integral da População Negra e Política Nacional de Saúde do Homem. 

Para dar base a discussão são apresentadas perspectivas sobre masculinidade hegemônica, masculinidades subalternas e a necessidade de compreender o advento das masculinidades negras, assim como o imaginário e o lugar social que esta ocupa para que possamos entender suas especificidades e localizá-las dentro da disputa de poder que é atravessada pelo racismo, sexismo e classicismo, fazendo que estes sujeitos permaneçam esquecidos pelas ações de saúde promovidas pelas organizações e políticas públicas contribuindo para o fenômeno apontado por Mbembe como Necropolítica e racismo estrutura de Almeida. 

Desta forma, foi realizada a coleta de dados através do levantamento nos acervos do Portal de Periódicos da CAPES e o Banco de Recursos Audiovisuais em Saúde da Vídeo Saúde e análise de forma crítica dos itens localizados que estivessem em coerência com o tema da promoção a saúde do homem negro brasileiro a fim de compreender os esforços realizados para alcançar este grupo. 

Os resultados obtidos por meio do levantamento demonstram uma grande lacuna na produção acadêmica sobre o tema, com isso, a pesquisa foi redesenhada pautada na Metodologia da Problematização de Berbel e análise dados centrou-se em compreender, com base na experiência da construção da pesquisa, como a saúde do homem negro é vista pela saúde pública brasileira, bem como a negligência por parte das políticas de comunicação em saúde se ausentam do debate e não apresentam soluções para corrigir o problema da inequidade de raça e gênero incutidas nas ações em saúde, assim como o potencial das ferramentas de busca para contribuir com a invisibilização de étnicos minoritários e os efeitos deletérios causados pela interseccionalidade entre raça, gênero e classe em um país em que celebra a falácia da democracia racial. 
 

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