Redes sociais apontam novos rumos para Comunicação Científica

por
Graça Portela
,
27/08/2012

Nos dias 21 e 22 de agosto, respectivamente em São Paulo e no Rio de Janeiro, ocorreu o Seminário de Introdução ao Uso de Redes Sociais na Comunicação Científica, realizado pelo Programa SciELO/FAPESP em colaboração com a Fiocruz e com o apoio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). O evento teve a participação do biólogo e blogueiro Atila Iamarino e do coordenador do Programa SciELO/Fapesp, Abel L. Packer, que demonstraram, para uma plateia atenta e numerosa, o impacto que as redes sociais têm na divulgação científica.

A SciELO é uma biblioteca eletrônica, resultado de um projeto de pesquisa da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria com a Bireme - Centro Latino-Americano e do Caribe de  Informação em Ciências da Saúde, com o apoio do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros.
Abel Packer, que também é assessor de Informação e Comunicação em Ciência da Fap/Unifesp, falou aosite do Icict sobre a importância das redes sociais na comunicação científica.

Qual a importância das redes sociais para a Comunicação Científica?

As redes sociais vêm assumindo uma importância crescente na comunicação científica. Elas contribuem para gerar novos conteúdos, mas principalmente para disseminar resultados de pesquisas originais publicados nos periódicos. Para o pesquisador, as redes sociais permitem a interação com outros pesquisadores, grupos de pesquisa e instituições, o que facilita o trabalha coletivo de acesso, avaliação e compartilhamento de conteúdos. Para os veículos de comunicação, como os periódicos científicos, elas ampliam os meios de disseminação das pesquisas publicadas seja por meio de notícias, press releases, entrevistas, comentários. Para o público em geral a redes sociais servem como meio de filtragem e tradução dos resultados da pesquisa científica em linguagem acessível e aplicada aos problemas.

O senhor crê que as redes sociais ampliarão o público das pesquisas?

Certamente. As redes sociais exercem a função de disseminação científica de modo muito mais eficiente que os meios tradicionais. Ampliam a cobertura de público, agilizam a comunicação e são mais próximas das pessoas conectadas. 

O CNPq, por meio do Currículo Lattes, incluiu a divulgação na mídia e nas redes sociais como um item importante de avaliação das pesquisas. O senhor crê que assim os cientistas devem reduzir suas resistências às mídias sociais e à imprensa de forma geral para divulgar suas pesquisas?

Os cientistas comunicam e lêem resultados de pesquisas nos periódicos especializados e em outros meios de comunicação de referência em suas áreas temáticas. Portanto, as redes sociais e a imprensa serão mais utilizadas pelos cientistas à medida que contribuam para dar visibilidade às pesquisas do seu interesse.

Em sua opinião, quais os melhores veículos das redes sociais para a divulgação de periódicos e também das pesquisas (facebook, youtube, twitter, blogs etc.)?

Para atingir o público em geral no futuro próximo os melhores veículos são o twitter e o facebook. Já para o intercâmbio entre cientistas o melhor é o Mendeley.

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