Sinitox lança novo site para comemorar 35 anos de existência

por
Graça Portela
,
01/12/2015

Como parte da programação dos seus 35 anos, o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – Sinitox lançou um novo site. Em versão mais dinâmica e interativa, a página traz informações de interesse para todos os públicos, da criança ao pesquisador.

A mudança de layout e a ampliação da plataforma de dados aconteceu devido à necessidade de oferecer ao público que consultava os dados do Sinitox informações mais claras e objetivas, conteúdo diversificado para as pesquisas, além de material informativo para ser utilizado em escolas e condomínios residenciais, por exemplo. “O Sinitox tem um público muito amplo e diversificado, portanto o site não poderia ser diferente. Temos que atender a todo esse público. Além disso, quando se pretende discutir a prevenção de intoxicação, não há restrição de público. Temos que ser o mais abrangente possível”, explica Rosany Bochner, coordenadora do Sistema.

O novo site apresenta conteúdo mais amigável e acessível, e consulta aos dados mais rápida e eficiente. Assim, é possível obter informações sobre os Centros de Informação e Assistência Toxicológica de todo o país, verificar a produção científica sobre intoxicações, acessar a galeria de fotos de animais peçonhentos e plantas tóxicas, informar-se sobre a legislação da área, dentre outros itens.

Os materiais educativos não foram esquecidos e é possível baixar direto do site materiais de divulgação, a revista “Brincando e aprendendo” – destinada ao pública infantil e publicada pelo Icict entre os anos de 1999 e 2010 - que ensina de forma didática a prevenção de acidentes com produtos tóxicos, plantas e animais peçonhentos. Além disso, estão disponíveis fotos da maquete “Casa Educativa”, que foi criada para mostrar os perigos que há dentro de casa no que se refere a intoxicações domésticas em crianças. “As crianças menores de 5 anos são as maiores vítimas de casos acidentais e, portanto, passíveis de prevenção”, ressalta a coordenadora do Sinitox.

Em relação a dados sobre intoxicação, os usuários continuam tendo acesso aos dados nacionais e regionais, sobre agentes tóxicos, e ganharam o Banco de Dados de Óbitos, a grande novidade do site. Lá é possível pesquisar as mortes por ano, agente tóxico, Centros de informação e Assistência Toxicológica, unidades da federação, regiões, circunstâncias, sexo e faixa etária. Segundo Rosany Bochner, “pela primeira vez esses dados estão sendo disponibilizados de forma a possibilitar ao usuário realizar suas consultas e construir suas próprias tabelas”, explica. Futuramente, será implementado o Banco de Casos, onde o usuário poderá consultar os registros de casos de intoxicação em formato de banco de dados.

Outra informação que agora consta do site do Sinitox é a relação dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciat). Em caso de necessidade ou emergência, qualquer pessoa poderá consultar qual o Ciat mais próximo de sua residência, ou acessar à Rede Nacional de Centros de Informação Toxicológica (Renaciat).

O novo site do Sinitox mostra também o aumento de casos de intoxicação em todo o país, como, por exemplo, ocorrências com medicamentos, que são as mais frequentes, seguidas dos acidentes por animais peçonhentos e produtos de limpeza. Há ainda uma nova categoria cuja incidência vem aumentado e já aparecem nos dados do Sinitox. “Os agrotóxicos de uso agrícola apresentam a maior letalidade, são os responsáveis pela maior parte dos óbitos registrados pelo Sinitox”, alerta Rosany Bochner.

No site também é possível obter informações sobre o descarte correto de medicamentos, com o link para os locais em todo o país que fazem a coleta.

Série de reportagens "Agrotóxicos: a história por trás dos números" será lançada dia 7/12

Como parte das comemorações dos 35 anos do Sinitox, não perca a série de reportagens “Agrotóxicos: a história por trás dos números”, que começa a ser veiculada no site do Icict na próxima segunda-feira, 7/12.

A série foi desenvolvida a partir do artigo da pesquisadora Rosany Bochner intitulado “Óbito ocupacional por exposição a agrotóxicos utilizado como evento sentinela: quando pouco significa muito”.

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