Livro aponta risco de plantas tóxicas em ambientes escolares

por
Graça Portela
,
13/06/2013

Você sabia que plantas como jibóia, espada-de-são-jorge, coroa-de-cristo, chapéu de Napoleão, comigo-ninguém-pode e mamona são plantas venenosas? E que elas são encontradas nas escolas de todo o país, representando um risco à saúde e à vida das crianças?

Para alertar professores, diretores e pessoal de apoio das escolas, o Icict/Fiocruz e o Instituto Vital Brazilserá lançaram o livro “Plantas Tóxicas ao alcance de crianças: transformando risco em informação”, das pesquisadoras Rosany Bochner (Icict), Judith Tiomny Fiszon e Maria Aparecida de Assis (Icict).

O livro é resultado de um projeto de pesquisa realizado em 69 escolas do municipais do Rio de Janeiro, entre 2008 e 2010. Dessas, 58 apresentavam mais de 20 espécies de plantas venenosas. A obra acaba sendo uma fonte segura de informação também para pais e alunos, pois a cada 10 casos de intoxicação por plantas tóxicas registradas no Brasil, seis ocorrem com crianças menores de 10 anos e 84% do total dessas intoxicações são acidentais, ou seja, a criança ingeriu, mastigou ou tocou a planta.

Com a falta de informação, o perigo é maior ainda. “Plantas como espada-de-são-jorge, jibóia, comigo-ninguém-pode, aroeira e tinhorão são as mais comuns nas escolas”, explica a pesquisadora Rosany Bochner, coordenadora do Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, uma parceria do Icict/Fiocruz com o Ministério da Saúde.

Recheado de fotos ilustrativas, o livro contém explicações sobre as principais plantas venenosas e os riscos que elas causam à saúde, mostrando as partes tóxicas de cada uma delas e os sintomas de intoxicação. As imagens facilitam a identificação de plantas tóxicas que são encontradas em diversos ambientes, muitos dos quais, freqüentados por crianças.

Para a coordenadora do Sinitox, ao invés de simplesmente retirar as plantas das escolas, o ideal seria aprender a lidar com elas. “A manutenção de plantas tóxicas em um jardim temático de forma a transformar o risco em informação, pode ser muito mais efetivo na formação das crianças do que proibi-las”, explica.

O livro será distribuído em escolas públicas municipais e estaduais, mas também será vendido ao público pela Editora Riobooks.

 

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