Observa Infância é tema de tese de doutorado do PPGICS

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
,
08/12/2022

Na sexta-feira, 16 de dezembro, às nove horas, haverá a defesa de tese de doutorado de Isabel Levy Sobreira, aluna do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), do Icict. 

A aluna, orientada por Inesita Soares de Araujo, falará sobre "Midiatização da Saúde: estudo de caso do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância)", destacando as premissas do fenômeno da midiatizaçao em contextos específicos, como o da pandemia de covid-19, tendo como objeto de estudo o Observatório de Saúde na Infância - Observa Infância - do Laboratório de Informação em Saúde (LIS), do Icict. O Observa Infância tem como objetivo 

Observa Infância é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos.

A defesa será presencial e ocorrerá na sala 402, do Campus Maré, da Fiocruz. Saiba mais detalhes abaixo:

Defesa de Tese de Doutorado  

Título: Midiatização da Saúde: estudo de caso do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância)

Aluna: Isabel Levy Sobreira 

Orientadora: Inesita Soares de Araujo (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca
Titulares: 
Drª Kátia Lerner (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Dr. Paulo Roberto Borges de Souza Junior (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Drª Nadja Maria Souza Araújo (Abrasco)  
Drª Cristiane d'Avila Lyra Almeida (COC/FIOCRUZ) 

Suplentes: 
Drª Irene Rocha Kalil (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Drª Roberta Monteiro Raupp (RECIIS/ICICT/FIOCRUZ) 

Data: 16/12/2022 - 6ª feira | Horário: 9h

Sala Virtual:  https://us06web.zoom.us/j/85973444018?pwd=SHRjeTgrMFVXNTF3RUxGZ2IvQ3RPdz09

Resumo: A centralidade que as mídias ocupam nas vidas das pessoas e das instituições é uma característica marcante de nosso tempo, que se expressa em todos os níveis de sociabilidade. Há décadas, os meios de comunicação de massa comandados por conglomerados ditam comportamentos e tendências sociais, moldam contextos políticos e econômicos, formam opinião pública, pautam – ou agendam – a sociedade. 

Neste início de século 21, a entrada definitiva da internet no dia a dia da maioria da população, no mundo e no Brasil, amplia a participação de pessoas comuns, desvinculadas dos centros hegemônicos que tradicionalmente concentram o poder de fala, na dinâmica de produção e circulação de sentidos.

Esse cenário – exacerbado pela pandemia de covid-19 - organiza novas configurações sociotécnicas que implicam transformações profundas nas formas de se relacionar e se comunicar, inclusive no campo da Informação e Comunicação em Saúde. 

Com o objetivo de contribuir com a compreensão dos efeitos da midiatização da sociedade sobre o campo da Informação e Comunicação em Saúde e suas implicações sobre como as instituições sanitárias se organizam e interagem, propomos uma leitura do conceito de midiatização inspirada em autores brasileiros e estrangeiros – Verón (1993, 2012, 2014), Sodré (2002, 2017), Fausto Neto (2012), Braga (2012), Carlón (2017), Bourdieu (1989) e Hjarvard (2012) – e aplicada ao campo da Informação e Comunicação em Saúde a partir de arcabouço teórico traçado por Araújo e Cardoso (2007), Araújo (2015), Araújo e Aguiar (2017), Sacramento (2017) e Zoya e Petracci (2018). 

Como ponto de partida, elencamos quatro premissas que nos ajudam a compreender o fenômeno da midiatização em contextos específicos, como o da pandemia de covid-19: (1) a midiatização é um processo histórico, situado concretamente no tempo e no espaço; (2) a midiatização não se dá, apenas, pelas tecnologias em si, mas sobretudo pelas invenções sociais dadas a elas, uma combinação que altera sobremaneira a circulação discursiva; (3) na sociedade midiatizada as mídias constituem um campo social autônomo e independente, que regula o funcionamento e a interação dos demais campos sociais; (4) nesse processo, um habitus midiático se instala na sociedade, na estrutura dos campos sociais, no funcionamento das instituições e nas vidas das pessoas, atualizando a disputa pelo poder simbólico de fazer crer e fazer ver (BOURDIEU, 1989) a partir da concorrência por capital midiático. 

Empiricamente, desenvolvemos estudo de caso sobre o Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) e concluímos como as quatro proposições teóricas se manifestam nas práticas e nas disputas do campo da Informação e Comunicação em Saúde. 

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