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Uma reunião realizada na última sexta-feira (11/10) marcou a volta do Comitê de Usuários da Seção de Obras Raras e Especiais, da Biblioteca de Manguinhos. A ideia é que o grupo ajude a Seção a estabelecer prioridades para o tratamento dos 5.246 títulos de materiais, teses e livros, em um trabalho que envolve higienização, acondicionamento, pequenos reparos, catalogação e digitalização – processo necessário para formalizar o acesso a estas obras que datam, em sua maioria, de antes dos anos 1930.

A coordenadora da Seção, Maria Claudia Santiago, fez uma apresentação ao Comitê de Usuários, grupo formado por especialistas que pesquisam ou são conhecedores das áreas do acervo, contendo listagens de livros e teses brasileiras que não passaram pelo processo de tratamento técnico. O material está localizado na Seção de Obras Raras e Especiais, no Castelo Mourisco, campus da Fiocruz, em Manguinhos. Segundo a coordenadora da Seção, todo o acervo tem cerca de 30 mil volumes. “Estamos revendo este número com o trabalho de organização física do acervo”, explica Maria Claudia.

A reunião contou com a presença de Paulo Garrido, coordenador, e Fátima Duarte, ambos da Biblioteca de Manguinhos; Fátima Martins, coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz; e Maria Claudia Santiago (Biblioteca de Manguinhos), Maria Rachel Fróes da Fonseca e Gisele Sanglard, da Casa de Oswaldo Cruz (COC); Maria Goreti Rosa Freitas e Darcílio Fernandes Baptista, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC); e Tarcila Peruzzo, da Seção de Obras Raras e Especiais.

Segundo Maria Claudia Santiago, coordenadora da Seção, o Comitê já havia sido formado antes, porém ficou um tempo inativo: “a importância da retomada do Comitê é a aproximação com o usuário da Biblioteca, atenção às novas demandas que estão surgindo e o fomento de assuntos relacionados à dinâmica de trabalho e serviços oferecidos pela Biblioteca de Manguinhos”, explica. A coordenadora afirma que “no caso específico do Comitê de Usuários para a Seção de Obras Raras, estamos visando, neste momento, a formulação de estratégias de trabalho para tratamento do acervo. Temos a intenção de agregar novas pessoas e tentar contemplar a maioria das áreas de conhecimento”, afirma.

Inicialmente, o Comitê se debruçará sobre 1.335 títulos de livros, 2.051 títulos de teses da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FMRJ/UFRJ), 747 títulos de teses da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB/UFBA), 261 títulos de teses de São Paulo e 852 títulos de teses diversos. “O Comitê de Usuários não terá um funcionamento obrigatoriamente regular”, fala Maria Claudia.

O trabalho que será desenvolvido pelo Comitê de Usuários faz parte de uma nova estratégia de trabalho que está sendo desenhada, que é buscar o olhar do especialista para o acervo local. “Estamos formulando processos de trabalho para o tratamento técnico das obras e isso certamente terá desdobramentos, pois novas considerações sempre agregam valor às obras, principalmente com a contribuição dos pesquisadores”, explica Maria Claudia. “Com isso, podemos formular novas exposições e direcionamentos específicos para a digitalização de obras”, completa.

Apesar da dificuldade advinda justamente do número de materiais a serem tratados, daí a importância do Comitê de Usuários, que ajudará a definir as prioridades, há também um grande volume de trabalho em relação à organização física do acervo, por causa do grande volume. Maria Claudia acredita que o Comitê será fundamental para agilizar o trabalho e espera que mais pessoas se integrem: “estamos abertos a receber novos usuários da Fiocruz em nosso Comitê, porque a quantidade de material é imensa e temos uma gama muito grande de assuntos a serem pesquisados”, finaliza.