Os veículos de informação destinados à divulgação da produção científica em saúde coletiva foram o foco da discussão levada pelo Centro de Informação Científica e Tecnológica (Cict/Fiocruz) para o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública e o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, ocorridos em agosto, no Rio de Janeiro. O tema foi debatido em forma de oficina logo no primeiro dia do evento (21/08), e abordou os desafios para o acesso, a circulação e, principalmente, a qualificação dessa produção na América Latina.
Para a oficina, a coordenadora da mesa e diretora do Cict, Ilma Noronha, convidou Roseni Pinheiro, coordenadora do Laboratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde (Lappis/Uerj), Alcindo Ferla, da Universidade de Caxias do Sul, Regina Castro, do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), Deise Noronha, da USP, e Eduardo Martins, pesquisador de estudos em Ciência & Tecnologia do Cict.
A oficina foi marcada pela pluralidade de olhares sobre as formas de divulgação da produção científica. O periódico eletrônico, sua versão em papel, a edição de livros, todos foram defendidos na mesa pelos debatedores. Para alguns, os periódicos eletrônicos apresentam as produções científicas de forma fragmentada. Por outro lado, eles permitem maior acesso e agilidade. Para outros, os livros são formas mais complexas de circular informação científica, apresentando as pesquisas em sua completude. Na contrapartida, têm maior custo para disseminação.
A discussão entrou pela tarde do dia 21 indicando que o tema não seria esgotado ali. Na platéia, João Canossa, da Editora Fiocruz, sintetizou o que era consenso entre debatedores e participantes: “Essa discussão é fundamental. Precisamos discutir a melhor forma de levar a produção científica aos profissionais de saúde, aos alunos, à sociedade... Porém, é preciso, antes de tudo, entender o papel de cada publicação e utilizá-los de acordo com cada realidade”, ponderou.