A inserção dos países em desenvolvimento no fluxo global de informação técnico-científica face à globalização da saúde foi um dos pontos discutidos durante o oitavo Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde, no Rio de Janeiro. Quem debateu o tema foram: a professora da UFRJ, Eli Diniz; o professor da Universidade de Granada, Félix de Moya; e o diretor da Bireme, Abel Packer.
Ao afirmar que uma visão economista, determinista e idealizada da globalização era vista sob aspectos positivos nos anos 90, Eli Diniz iniciou sua apresentação sobre o debate internacional contemporâneo do assunto. De acordo com a professora, a partir de 2000 surgiu um novo momento, em que o clima de polêmica contribuiu para uma nova visão do papel do Estado e a idéia da interpenetração e da convergência das sociedades nacionais perderam força.
Felix de Maya falou sobre os paradoxos do mundo científico e sobre a investigação que está sendo feita na América Latina a propósito do que a região investiga na Europa. A presença das revistas da região nos organismos internacionais de indexação e um resumo comparativo da situação científica na América Latina também foram assuntos mencionados na apresentação. No campo das soluções, verificou-se que há a necessidade de uma maior responsabilidade política.
“O acesso à informação e ao conhecimento científico é essencial para o desenvolvimento em geral e da saúde em particular”, explica Abel Packer durante a sua conferência. O diretor da Bireme ainda destacou que a globalização da informação científica é realizada de modo atrelado à expansão da web, que passou a ser o principal meio da comunicação científica. A preocupação do trabalho é tornar os cidadãos mais conscientes.
De acordo com Packer, o fenômeno da internet está presente com números impressionantes e o aumento de 700% nos acessos ao portal da Bireme prova isso. “Apesar dos números, a integração informacional plena dos países em desenvolvimento no fluxo global de informação é complexa e enfrenta muitas barreiras”, conclui o diretor. A inserção no fluxo global de informação científica é trabalhada através do acesso à produção científica, publicação de periódicos e artigos e com mais informação para a população.
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