(Foto: Raquel Portugal)
Nesta edição 2015.1, Inova aprofunda sua linha editorial de tratar temas da informação, comunicação e tecnologia da informação em saúde, procurando construir sempre um olhar crítico e analítico sobre a área, desde vários ângulos de visão e abordando diferentes aspectos que impactam o campo, seja na sua conceituação e compreensão teórica, como nos impasses enfrentados na estruturação de políticas públicas para o setor.
Temos então, nesta edição, a abordagem da contradição entre o avanço das políticas de Acesso Aberto ao Conhecimento e uma Lei de Direito Autoral das mais restritivas do mundo, cujo anteprojeto de reforma continua parado na esfera do governo federal. No tocante à questão do direito autoral está aí uma dura batalha política, de transformação da legislação e de mobilização da sociedade, para que seja possível alcançar uma efetiva democratização do acesso à informação e ao conhecimento, reformando um arcabouço legal arcaico e impeditivo que pode ser utilizado até para impedir o empréstimo de obras entre bibliotecas, bem como a reprodução e digitalização de exemplares raros e de difícil acesso.
Inova revela também as avaliações produzidas através de teses do nosso Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) sobre a comunicação, o Programa Nacional de Aleitamento Materno e a Rede de Bancos de Leite Humano. A Revista traz, entre outras matérias, um balanço sobre os 35 anos de atuação do Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas, o Sinitox, coordenado pelo Icict/Fiocruz, que vem cumprindo um papel de destaque na pesquisa, no fornecimento de dados relevantes para a tomada de decisões dos gestores públicos, como também no cenário nacional de prevenção contra intoxicações.
Outro tema de vivo interesse é trazido neste número pela reportagem sobre o Projeto Saúde Amanhã, iniciativa implementada por pesquisadores do Icict, com apoio e parcerias do Ministério da Saúde, Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O projeto trabalha no terreno da prospecção estratégica, com análises e cenários de futuro (20-30 anos) da saúde pública brasileira, levando em conta tendências, dados populacionais, do ambiente, dos diversos condicionantes da saúde, tendências da economia, a questão do financiamento e da organização do sistema de saúde, o desenvolvimento da ciência, impactos e custos das tecnologias, etc.
O Projeto Saúde Amanhã alarga a sua abrangência bem além do campo da saúde, pois para estruturar possíveis cenários favoráveis ou desfavoráveis é necessário considerar tantas variantes, que na verdade estaremos arriscando o desenho do Brasil que queremos para o futuro próximo. Trata-se do enorme desafio de trabalhar sobre um projeto de Nação, a partir de uma conjuntura de graves conflitos políticos e sociais, de cortes orçamentários e de baixo crescimento econômico. Mas esse é o tom da nossa revista, provocar a polêmica criativa, o debate, a reflexão
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