No último dia 6 de dezembro, a Secretaria da Mulher, da Câmara dos Deputados, exibiu o documentário “Nascer nas prisões”, uma produção do Selo Fiocruz Vídeo, dirigido por Bia Fioretti.
A exibição integrou a programação da campanha mundial “16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres”, e contou com o lançamento do relatório da Fiocruz sobre a situação das mulheres grávidas encarceradas, intitulado “Saúde Materno Infantil nas prisções do Brasil (2016)”, das pesquisadoras Maria do Carmo Leal e Alexandra Roma Sánchez, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp)/Fiocruz.
Divididos em duas partes - Nascer nas prisões: gestar, nascer e cuidar (parte 1) e Nascer nas prisões: impacto social (parte 2) - O documentário do Selo Fiocruz Vídeo foi produzido a partir do estudo das pesquisadoras da Ensp e enfoca “a dura realidade dessa rotina, conflitos e problemas enfrentados pelas mulheres privadas de liberdade em ter um pré-natal de qualidade, com doenças evitáveis não adequadamente tratadas, discriminação na hora do parto e dificuldades com o cuidado do recém nascido, além do impacto social”.
O estudo descreve, pela primeira vez, em nível nacional, o perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais femininas das capitais e regiões do Brasil. Em entrevista ao Informe Ensp, Maria do Carmo Leal falou sobre a pesquisa: “visitamos todas as prisões femininas de todas as capitais e regiões do Brasil que recebem grávidas e mães. Verificamos que foi baixo o suporte social e familiar recebido e frequente o uso de algemas na internação para o parto, relatado por mais de um terço das mulheres. Piores condições da atenção à gestação e ao parto foram encontradas para as mães encarceradas em comparação às não encarceradas, usuárias do SUS. O estudo mostrou, também, que havia diferença na avaliação da atenção recebida durante a internação para o parto de acordo com a condição social das mães. Foi menor a satisfação para as pobres, as de cor de pele preta ou parda”, explicou.
Na pesquisa foi constatado que um terço das mulheres presas grávidas relataram o uso de algemas na internação para o parto, 55% tiveram menos consultas de pré-natal do que o recomendado, 32% não foram testadas para sífilis e 4,6% das crianças nasceram com sífilis congênita.
Veja abaixo as duas partes do documentário exibido na Secretaria das Mulheres:
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[7] https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-assina-convenio-para-estudos-da-saude-em-prisoes
[8] http://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/secretarias/secretaria-da-mulher/noticias/16-dias-de-ativismo-pelo-fim-da-violencia-contra-as-mulheres
[9] http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/42015
[10] http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/institucional/materias/DIREITOS-HUMANOS/550316-RELATORIO-DA-FIOCRUZ-SOBRE-A-SITUACAO-DAS-MULHERES-GRAVIDAS-ENCARCERADAS-E-FILME-%E2%80%9CNASCER-NAS-PRISOES%E2%80%9D-SERAO-LANCADOS-NESTA-QUARTA-(6).html
[11] https://www.youtube.com/user/videosaudefio
[12] http://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/secretarias/secretaria-da-mulher