Arte: Vera Fernandes (Ascom/Icict/Fiocruz)
Com o objetivo de analisar, sob a ótica das ciências da saúde, o olhar social às doenças tropicais, a aluna do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), Michele Barros, escreveu a sua tese de doutorado sobre a Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chikungunya (Replick), orientada por Cristina Guimarães, professora do Programa e pesquisadora do Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Licts), do Icict. A aluna ocntou também com a co-orientação de André Machado de Siqueira, pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz.
Segundo o resumo, “a tese se debruça por sobre um tema esquecido nas ciências da saúde: o olhar social às doenças tropicais negligenciadas, mais particularmente, sobre o adoecer e sobreviver à Chikungunya, uma doença que põe em xeque tanto a ciência como a sociedade, na perspectiva da incerteza que a cerca”.
A defesa será realizada no formato presencial, na quinta-feira, 17 de outubro.
Leia abaixo outras informações sobre a defesa.
Título: O social na história natural da Chikungunya: um olhar exploratório por sobre a Rede Replick (INI/Fiocruz)
Aluna: Michele Machado Meirelles de Barros
Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segundo Orientador: André Machado de Siqueira (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Banca:
Titulares
• Drª Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)
• Dr. Josué Laguardia (PPGICS/Icit/Fiocruz)
• Drª Claudia Teresa Vieira de Souza (PGEBS/IOC/Fiocruz)
• Drª Giselle Duarte da Silva (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Suplentes
• Drª Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)
• Drª Ana Cristina da Costa Martins (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Data: 17/10/2024 – 5ª feira | Horário: 9h
Local: Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo: A presente tese se debruça por sobre um tema esquecido nas ciências da saúde: o olhar social às doenças tropicais negligenciadas, mais particularmente, sobre o adoecer e sobreviver à Chikungunya, uma doença que põe em xeque tanto a ciência como a sociedade, na perspectiva da incerteza que a cerca.
É no centro da discussão de um estudo que visa construir a história natural da Chikungunya que se aposta na interdisciplinaridade para explorar o impacto da narrativa das experiências vividas pelos participantes da pesquisa nas políticas públicas de saúde.
Foi nesta articulação entre o “natural” e o “social” da Chikungunya, que optou-se por explorar um dispositivo importante, neste caso a narrativa em pesquisa, como uma estratégia de coprodução de conhecimento, entre ciência e sociedade. Trata-se, assim, de um esforço coletivo para mobilizar os participantes recrutados na Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chikungunya (Replick) para que se sintam protagonistas e engajados na construção coletiva e social de todas as etapas da pesquisa da qual participam. Optou-se pela metodologia qualitativa, utilizando análises das narrativas por acreditar que essa técnica consegue capturar sentimentos, vivências, questionamentos e opiniões sobre o tema em discussão.
Espera-se que essa tese contribua para a promoção da saúde através de ações coletivas, onde os cidadãos possam se constituir participantes mais próximos e ativos na construção/condução da pesquisa em saúde. O problema não está na comunicação e sim em como se comunica, logo, não se trata de um movimento para o outro, mas com todos os envolvidos. Todos nós somos coparticipes desse processo em prol de melhorias da própria saúde.