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As discussões do sexto painel do 8º Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde (Crics) abordaram o papel da informação, do conhecimento e das evidências nos processos de introdução de inovações tecnológicas nos sistemas de saúde. O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Carlos Gadelha; o professor e um dos mais renomados especialistas em informação em saúde do Reino Unido, Jeremy Wyatt; e o equatoriano, decano da faculdade de ciências de saúde, Ricardo Hidalgo Ottolenghi, participaram das discussões.
O vice-presidente da Fiocruz reforçou umas das dimensões do congresso, que se baseia na estruturação de sistemas de informação para que cheguem à sociedade com maior eficácia. Gadelha ainda ressaltou que, em relação à inovação em saúde, se faz necessário transformar a informação e o conhecimento em estruturas produtivas.
De acordo como o vice-presidente, em países menos desenvolvidos, a grande transformação se estrutura no trabalho conjunto e complementar da informação, do conhecimento e da inovação. No caso da América Latina, especialmente no Brasil, o problema é que as políticas públicas não conseguem transmitir as informações em saúde para a sociedade. “A informação, a inovação e as tecnologias são meios para projetos sociais e regionais. Temos que pensar a informação como fator decisivo para o conhecimento, para a inovação e para o desenvolvimento”, completou Gadelha.
Em seguida, o professor Jeremy Wyatt apresentou o trabalho desenvolvido no Reino Unido para a inovação de tecnologias em saúde. Segundo o professor, uma das diretrizes para atingir os objetivos é: levar em consideração as diferenças culturais e as políticas de saúde locais. “Devemos considerar que em alguns lugares há doenças de maior incidência do que em outros; há falta de recursos e metodologias diferentes de trabalho”, completou Wyatt.
Por último, o decano da faculdade de ciências da saúde do Equador, Ricardo Ottolenhi, apresentou a telemedicina e a implementação de guias de prática clínica. Os guias, criados para auxiliar os profissionais de saúde nos momentos de incerteza, corroboram à premissa de que a tecnologia pode interferir na relação do médico com o paciente. “O sistema de telemedicina, combinado a tecnologia de ponta, deve considerar, entre outros fatores, as diferenças dos ambientes sociais”, afirmou Wyatt. “Para que os guias de práticas clínicas se tornem cada vez mais eficazes, é necessária uma permanente atualização e avaliação do conteúdo”, completou Wyatt.
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