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Plataforma de Filmes VideoSaúde/Fiocruz
No mês que a VideoSaúde completa 35 anos de atividades, maio de 2023, a Plataforma de Filmes em Acesso Aberto da VideoSaúde-Fiocruz, que reúne uma ampla diversidade de obras sobre temas de saúde coletiva e ciência e tecnologia, de documentários a dramas, passando por animações, oriundas do acervo institucional da Fiocruz e de parceiros externos, chega a 250 obras audiovisuais disponíveis gratuitamente.
Mas o pacote de novidades no aniversário comemorado no dia 20 de maio se estende para os outros campos de atuação da Distribuidora. Para este ano está previsto o lançamento do "Plano de digitalização dos documentos videográficos da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz". “Os requisitos trabalhados neste documento objetivam atender aos aspectos da preservação de documentos videográficos baseada em melhores práticas da arquivística, garantindo a presunção da autenticidade e confiabilidade dos documentos digitalizados.”, explica a coordenadora adjunta da VideoSaúde Eliane Pontes.
O documento, que será lançado até o fim de junho deste ano, estará disponível em acesso aberto no Repositório Institucional da Fiocruz, o Arca, estabelece diretrizes baseadas em normas e padrões reconhecidos internacionalmente no campo da preservação digital para a criação de representantes digitais dos documentos videográficos da Distribuidora. “Esse documento se torna uma potencial ferramenta para implementação de boas práticas de preservação digital no âmbito da Fiocruz assim como outras em instituições que tratem do patrimônio cultural em sua diversidade de tipologias de acervos documentais.”, comemora João Guilherme Machado, que ao lado de Pontes, coordena as ações de preservação da VideoSaúde.
Na área de produção, a novidade fica por conta do esperado documentário sobre a Emergência Sanitária de Importância Nacional (Espin) Yanomami, que em abril levou a equipe da VideoSaúde a Roraima. O cronograma é finalizar o filme nos próximos três meses e divulgá-lo em diversas mídias e TVs públicas com as quais a VideoSaúde já mantém parceria. “A ideia é dar um retorno rápido à sociedade das ações implementadas durante a emergência em saúde pública e ampliar o debate sobre a saúde indígena junto à sociedade. Tema que precisa ser pauta permanente e não somente por conta da crise sanitária”, justifica Daniela Muzi, diretora do filme e coordenadora da VideoSaúde. “Para isso, a nossa ideia é desenvolver outras ações e projetos sobre a temática dos povos originários ao longo deste ano”, adianta.
Na área da Distribuição, são realizadas várias estratégias voltadas para ampliar o acesso às produções audiovisuais em saúde como a promoção de parcerias com realizadores independentes e instituições públicas e privadas. Dentre essas estratégias, destaca-se a exibição em TVs públicas, comunitárias, culturais e educativas como o Canal Saúde, TVE Bahia, Canal Futura, TV UFES e outras. “São documentários e animações disponibilizados por meio de um licenciamento não-oneroso com objetivo de aproximar e familiarizar esse público com o material audiovisual em saúde, propiciando a abordagem de diferentes conteúdos que, de outra forma, talvez não fosse possível”, explica Claudia Lima Oliveira, coordenadora da área de Distribuição que recentemente viabilizou junto à TVE Bahia a ampliação dos conteúdos sobre saúde junto à TV pública.
As ações de distribuição favorecem a maior participação da sociedade na construção de projetos e desdobramento de temáticas pouco abordadas no campo audiovisual. “Outra iniciativa é o fomento às produções, via edital público, através do selo Fiocruz Vídeo que está na sua 4° edição, e proporciona aos realizadores a experiência e o estímulo de pensarem seus objetivos e resultados voltados, também, para a comunicação em saúde”, acrescenta Lima. E parece que vem novidade por aí.
Mas nada melhor, então, para coroar a data, que a estreia de um pacote de produções que amplia o acervo e reafirma a Plataforma de Filmes Fiocruz como um espaço de referência em comunicação pública. Abaixo, para acessar os vídeos, clique nos títulos.
Atendimento legal - percursos da gravidez na adolescência
Depoimentos de profissionais, usuários e parceiros das unidades de saúde, mostrando diferentes estratégias de atuação dos serviços na abordagem da gravidez na adolescência. Cenas de algumas atividades desenvolvidas em escolas, postos de saúde e maternidades. Apresenta, ainda, núcleo de adolescentes multiplicadores, sala de espera, planejamento familiar, projeto "vista esta camisinha", grupos de gestantes e acompanhantes, enfermaria de mães adolescentes, grupos de pais e de jovens e seus bebês.
Doença de Chagas – ontem e hoje
A transição epidemiológica da doença de Chagas e o impacto desta transição na saúde de milhares de brasileiros são explorados neste vídeo, realizado em Belém (PA) e na cidade paraense de Abaetetuba. A transmissão via oral do agente causador da doença está fortemente associada aos hábitos alimentares e ao manejo dos alimentos, principalmente o açaí. O vídeo traz a importância de informar à população os procedimentos corretos de colheita, transporte, armazenamento e processamento deste e de outros frutos, que estão entre as bases da economia da região amazônica, onde se concentra a maioria dos casos agudos dessa enfermidade.
O lúdico associado a cenas do cotidiano dão o tom desta animação para tratar da importância do SUS para a população. Projeto da Universidade Federal de Goiás (UFG) que emprega diferentes técnicas de animação. Foi produzido como ferramenta de apoio pedagógico ao curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a distância, do Instituto de Ciências Biológicas da UFG e financiamento via programa Universidade Aberta do Brasil / CAPES / MEC.
Dirigidos por Genilton Vieira, do IOC/Fiocruz, premiados em diferentes festivais de filmes científicos, os documentários trazem imagens impressionantes de mosquitos e outros vetores, contribuindo para debates sobre novas e antigas emergências em saúde pública.
O mundo Macro e Micro do mosquito Aedes aegypti
Aedes aegypti e Aedes albopictus – uma ameaça nos trópicos
Triatomíneos - o elo de uma enfermidade
Conhecendo os mosquitos Aedes - transmissores de arbovírus
A Plataforma foi lançada em outubro de 2021, contando inicialmente com 115 filmes sobre diferentes temas dos campos da saúde e da ciência. De biografias e animações a direitos humanos e doenças negligenciadas. De história da ciência e da saúde a saúde da mulher e da criança, entre outros temas associados às determinações sociais da saúde. Também apresenta 60 versões das produções com recursos de tradução em Libras e audiodescrição. Oferece, ainda, filmes com legendas em cinco diferentes línguas além do português.
São produções próprias ou realizadas em parcerias, ou de instituições e realizadores parceiros que integram o acervo da VideoSaúde. O projeto também foi concebido numa perspectiva de comunicação integrada, onde cada filme aponta links para outros conteúdos da Fiocruz, principalmente da Editora Fiocruz, Canal Saúde, revista Radis, Portal Fiocruz e Agência Fiocruz de Notícias.
De acordo com a equipe da VideoSaúde, o projeto da plataforma tem um perfil experimental, onde a disponibilização do acervo e o contato com o público servirão para aprimoramento e de ausculta permanente. Presente há quase dez anos no YouTube, o setor conta com filmes com mais de um milhão de visualizações e centenas de comentários nessa plataforma. Também vem se destacando por filmes de seu acervo alcançarem seleções em festivais e mostras de cinema e audiovisual, no Brasil e exterior.
Para saber mais sobre a Plataforma de Filmes em Acesso Aberto, clique aqui
Depois de pouco mais de dois anos do seu lançamento, a Plataforma – carinhosamente apelidada de “Fioflix” – segue crescendo em número de títulos e na variedade de temas sobre saúde e ciência. Há filmes para todos os gostos, públicos e aplicações. Histórias de entregadores e motoristas de aplicativos, narrativas a respeito de vivências durante a pandemia de Covid-19, cinebiografias de cientistas e profissionais da saúde, sobre a presença das mulheres na ciência, histórias de povos indígenas, de agentes de saúde no campo e de moradores do entorno de barragens de mineração.
De acordo com a VideoSaúde, o desenvolvimento da plataforma representa uma série de acúmulos e reflexões, seja pela observação de demandas que o setor recebeu do público, de como os filmes foram visualizados e comentados no YouTube ou em redes sociais, de apontamentos de parceiros exibidores do acervo institucional. Mais que isso, na visão dos organizadores: o campo do audiovisual passa por profundas modificações, principalmente nas formas de distribuição e capilarização de acervos por meio da internet. E a Plataforma, completa a VideoSaúde, procura trabalhar esses aspectos como desafios para a comunicação pública.
“A Plataforma Fiocruz chegou num momento de afirmação do audiovisual como um campo da comunicação que possibilita acesso a produções sobre temas muitas vezes invisibilizados, escondidos mesmo, da pauta da mídia comercial. Nela, temos filmes sobre assuntos estruturantes para a consolidação do SUS, que apontam a importância do resgate do tema ciência e tecnologia na pauta do Brasil, que dão vozes a coletivos, territórios e trabalhadores e serviços da saúde, que trazem para o debate público assuntos de forma qualificada e crítica. Temos bons indicadores de audiência dos filmes que a Plataforma Fiocruz oferece. Sabemos que educadores e professores têm usado e, da mesma forma, que as boas narrativas atraem público que gosta de histórias bem contadas e atraentes. O brasileiro acessa muito conteúdo audiovisual, como diferentes levantamentos têm apontado. Queremos seguir atraindo público para nossa Plataforma de Filmes para ampliar a consciência cidadã sobre a centralidade da saúde e da ciência para o projeto de país”, conta Wagner de Oliveira, da equipe de curadoria da “Fioflix”.
Entre os filmes que integram o projeto há também aqueles produzidos por cineastas convidados. De Maria Lutterbarch, que já participou de sessão do Núcleo de Estudos Audiovisual e Saúde (Neavs/VSD), há dois documentários sobre a participação das mulheres na ciência. Beth Formaggini, consagrada e premiada professora e pesquisadora, vem com a pequena pérola Ar, um microcurta que traz a visão da cineasta, internada com Covid-19, em uma cama de hospital. Eles podem ser assistidos aqui
Covid e Reforma Psiquiátrica - A plataforma de filmes traz como novidade, ainda, vários títulos que já levantam reflexões sobre a pandemia de Covid-19. A série Trajetos e Trajetórias Invisíveis na Cidade, da Escola Politécnica da Fiocruz, apresenta diálogos com entregadores e motoristas de aplicativos sobre o cotidiano, a saúde, a segurança e os processos de organização coletiva desses trabalhadores. Em Saúde sem máscara e em Na linha de frente, trabalhadores do SUS relatam as suas difíceis condições de enfrentamento à pandemia, além de revelar os desafios diários enfrentados por enfermeiros, técnicos e auxiliares, como a falta de recursos, jornadas extensas e baixa remuneração.
Duas outras séries comparecem com histórias sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira e a respeito de realidades territoriais. Em Retratos da Reforma Sanitária, as câmeras viajam para três cidades brasileiras para olhar a trajetória de ex-internos do sistema psiquiátrico que narram suas histórias e recriam suas vidas em liberdade. Os curtas-metragens de Campos, Águas e Florestas, produção da VideoSaúde, dá visibilidade à forma como profissionais de saúde utilizam para prevenção de doenças, promoção da saúde e para a melhoria na qualidade de vida da população nesses territórios.
Em Amazônia sem garimpo, povos indígenas contam os dramas e o perigo da contaminação dos rios e das águas pelo mercúrio da mineração. A produção também traz uma novidade para a Plataforma de Filmes: a animação conta também com narração em duas línguas indígenas - yanomami e munduruku, além do português. As narrações foram feitas pelas próprias populações indígenas e o roteiro desenvolvido coletivamente entre produtores audiovisuais, pesquisadores e os povos retratados. Assista a animação aqui
A série SUS e clínicas de família, coprodução VideoSaúde e IdeiaSUS Fiocruz, é outro tema que atrai grande interesse na Plataforma. Os curtas-metragens retratam diferentes ações e ofícios desenvolvidos em clínicas da família no chamado Subúrbio da Leopoldina, no Rio de Janeiro. Em TerritórioRua, uma unidade básica de saúde mostra um caminho de mudança no acolhimento de pessoas em situação de rua.
Em Construtoras de caminhos, a câmera acompanha o cotidiano do Núcleo de Atenção Interdisciplinar do Desenvolvimento Infantil (Naidi) que atende crianças com diferentes deficiências. Já CorpoAlma revela como o grupo interdisciplinar de reeducação alimentar e obesidade funciona como um espaço de acolhimento, orientação qualificada, valorização e empoderamento de mulheres. Os curtas podem ser assistidos aqui
Humor – Conferência sinistra agrega drama com muito humor ao Catálogo da Plataforma. O roteiro original, segundo os produtores, traz uma conversa macabra, bem-humorada, e com crítica social entre as doenças que assolavam cidades brasileiras no início do século 20: febre amarela, peste bubônica, varíola. Qualquer semelhança com os tempos de atual pandemia de Covid-19, assinalam os produtores, não é mera coincidência.
Já os dois filmes do Projeto Mestres e Ofícios, da Casa de Oswaldo Cruz, visam a registrar e divulgar o universo dos ofícios tradicionais que permeiam o patrimônio cultural brasileiro. Seu principal objetivo é reavivar as práticas e os saberes construtivos e artísticos tradicionais de forma a colaborar para sua preservação e para a conservação do patrimônio cultural material.
A Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz compõe a sua participação na Plataforma com dois filmes: um sobre saúde e patrimônio de populações indígenas, outro sobre desastres da mineração. Em MBORAIHU, por meio de um olhar sensível e abordagem etnográfica, o filme retrata a realidade dos povos Guarani e Kaiowá que vivem na região conhecida como Cone Sul.
O documentário Vidas suspensas, fruto de projeto de pesquisa, teve como objetivo “construir uma narrativa que considerasse a complexidade dos rompimentos de barragens, a partir da visão dos atingidos por ela.
Da Fiocruz Brasília veio Vigilância Popular do Campo, que narra a experiência do curso de Agentes Populares de Saúde do Campo no Ceará. Um atento e potente relato da presença dos trabalhadores do SUS no interior do Brasil.
Cineastas convidados
Beth Formaggini - AR
Maria Luterbach - Potência N e Fator F
Série Águas, Campos e Florestas - Dá visibilidade às diferentes realidades territoriais e à forma como os profissionais de saúde utilizam para prevenção de doenças, promoção da saúde e para a melhoria na qualidade de vida da população nessas localidades.
Saúde Bucal prevenção e promoção à saúde
Os riscos da exposição aos agrotóxicos
O cuidado de pessoas com doenças crônicas
DST e drogas os cuidados com os adolescentes
Série Campos Águas e Florestas - Lombalgia práticas complementares
Trajetos e Trajetórias Invisíveis na Cidade (Escola Politécnica da Fiocruz) - Apresentam diálogos com entregadores e motoristas de aplicativos sobre o cotidiano, a saúde, a segurança e os processos de organização coletiva desses trabalhadores. Frutos do projeto de pesquisa e extensão “Saúde e direitos dos trabalhadores em tempos de plataformas digitais: um olhar sobre a atividade”, realizado em parceria entre a Ensp/Fiocruz, a UFRJ e a UFF.
Trajetórias invisíveis na cidade
Saúde-doença no trabalho por aplicativos (Trajetos e trajetórias invisíveis na cidade)
O cotidiano do trabalho por aplicativo (Trajetos e trajetórias invisíveis na cidade)
Coletivização no trabalho por aplicativos (Trajetos e trajetórias invisíveis na cidade)
Processo de produção (Trajetos e trajetórias invisíveis na cidade)
Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira - Produções do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Nusmad) da Fiocruz Brasília, em parceria com a TV Pinel, sobre a trajetória de ex-internos do sistema psiquiátrico que narram suas histórias e recriam suas vidas em liberdade.
Série Mestres e Ofícios (COC/Fiocruz) - O Projeto Mestres e Ofícios, da Casa de Oswaldo Cruz, visa a registrar e divulgar o universo dos ofícios tradicionais que permeiam o patrimônio cultural brasileiro. Seu principal objetivo é reavivar as práticas e os saberes construtivos e artísticos tradicionais de forma a colaborar para sua preservação e para a conservação do patrimônio cultural material. Por meio da produção de vídeos sobre mestres-artífices e seus respectivos ofícios, o projeto tem a finalidade de valorizar e divulgar o trabalho desses mestres e despertar o interesse de jovens e adultos para a atuação nessa área.
Mestre Adorcino e o estuque ornamental
Covid-19
Ensp
IOC
Da Ciência e Som: um memorial a Alexandre Peixoto
COC/Museu da Vida
Conferência Sinistra: um filme sobre vacinas, doenças e saúde
Fiocruz Brasília
Vigilância Popular do Campo/CE
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