Projeto Engolindo Fumaça busca mostrar efeitos das queimadas sobre a saúde da população amazônica durante a pandemia

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Observatório Clima e Saúde - LIS/Icict
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25/08/2021


Foto: Marizilda Cruppe/Amazônia Real

O Observatório Clima e Saúde, em parceria com a InfoAmazônia e Universidade Federal do Acre, tem se dedicado no estudo dos impactos da poluição decorrente das queimadas amazônicas durante a pandemia de COVID-19. Os incêndios florestais e queimadas por desmatamento têm atingido níveis recordes nos últimos anos. Em 2020, a combinação entre a pandemia de Covid-19 e um dos ciclos mais severos de queimadas e desmatamento da Amazônia brasileira fez com que moradores de regiões atingidas pelo fogo estivessem mais expostos também ao risco de agravamento de pacientes com Covid-19.

Segundo os resultados obtidos até o momento, a cada dia de exposição ao material particulado acima do patamar considerado seguro pela OMS, o risco de uma pessoa infectada por SARS-CoV-2 ser internada aumentava em 2%. A fumaça das queimadas esteve relacionada a um aumento de 18% nas internações por Covid-19 e de 24% em internações por síndromes respiratórias nos 5 estados com mais fogo da Amazônia durante as queimadas de 2020 (Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará).

Neste cenário, os moradores de Rondônia foram os mais afetados, havendo aumento em 66% as chances de dar entrada no hospital por complicações da Covid-19 e 92% por síndromes respiratórias. Já no Mato Grosso, municípios como Poconé e Cáceres, por exemplo, apresentaram mais de 80% de chances de dar entrada no hospital por complicações da Covid-19 e 115% considerando todas as síndromes respiratórias naquele mês.

Os resultados obtidos mostram a urgência na adoção de medidas de controle das ações de desmatamento e queimadas florestas no país, além de contemplar este aspecto na resposta à pandemia de COVID-19.

Para saber mais, leia a reportagem especial da Agência InfoAmazônia.

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