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Em 2002, o governo gastou cerca de U$$ 273,9 milhões com a Aids. No ano anterior, só no Brasil, 10941 pessoas morreram vítimas da doença. Em 1997, 1150 crianças foram contaminadas durante a gestação. Informações como estas podem ser encontradas no Sistema de Monitoramento de Indicadores do Programa Nacional de DST e Aids", desenvolvido pelo Departamento de Informações em Saúde do CICT. O sistema tem o objetivo de fornecer informações úteis que possibilitem acompanhar a resposta brasileira para o controle da aids e outras DSTs. A iniciativa é uma parceria entre a Fiocruz, o Programa Nacional DST/Aids (PN DST/AIDS) e dos Centers for Disease Control and Prevention, Global Aids Program Brazil (CDC/GAP-Brazil).
A expectativa é que, através dos indicadores do “Monitoraids”, seja possível promover análises sobre a situação da epidemia do HIV/Aids e suas tendências no país, bem como das demais DSTs. A partir do monitoramento, as instituições parceiras terão acesso aos relatórios com o resumo dos indicadores para o Brasil e Grandes Regiões. Essas informações serão atualizadas ano a ano e incluirão também os cinco sítios de excelência em avaliação (estados de Pernambuco e São Paulo, municípios de Manaus, Campo Grande e Curitiba).
A construção do “Monitoraids” obedeceu aos seguintes princípios: os indicadores devem ser relevantes ao monitoramento da epidemia do HIV/aids e outras DSTs; eles devem ser úteis na avaliação das ações do PN DST/AIDS; e ainda, sugerir aspectos a serem avaliados no futuro. Além disso, a eqüidade foi considerada como um dos princípios centrais desse sistema uma vez que os fatores sociais são fundamentais para determinar os padrões de morbidade e mortalidade populacionais, e que no Brasil, a utilização dos serviços de saúde está relacionada à diferenciação por nível socioeconômico.
Para obter os indicadores, o monitoramento recorreu aos principais sistemas de informações do Ministério da Saúde, pesquisas e estudos especiais do PN DST e Aids, bem como outras fontes de informações disponíveis. A validação do monitoramento será possível a partir do compromisso das instituições envolvidas em definir quais dados serão utilizados na produção de indicadores. Com isso, o sistema irá subsidiar o PN DST/Aids nos níveis de avaliação, gestão e formulação de políticas.
Segundo a coordenadora do projeto, Célia Landmann, o sistema é “fruto de muito trabalho da equipe do DIS”, que desenvolveu, junto aos parceiros, o componente estrutural mais importante do Plano Nacional de Avaliação (PNA). “Agregando informações não só dos componentes técnicos do programa, e também da dimensão de integralidade e equidade coerente aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a análise desses indicadores constitui-se estratégia indispensável à adequação e melhoria do próprio programa (PN DST e Aids)”, afirma a pesquisadora.
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