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O Sistema de Avaliação da Qualidade da Água, Saúde e Saneamento foi apresentado em mais uma edição do Seminário sobre projetos de pesquisa em andamento, organizado pelo Laboratório de Informação em Saúde (LIS), no dia 19 de maio. O laboratório faz parte do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz e tem se destacado por desenvolver diferentes sistemas de informação que auxiliam cientistas e alunos de pós-graduação em suas pesquisas e gestores para a tomada de decisão.
Durante o seminário, o pesquisador Christovam Barcellos, que desenvolveu o sistema junto com a equipe do LIS, apresentou o sítio virtual Água Brasil que coleta dados de sete fontes de informação, gerando mais de 120 variáveis e 76 indicadores. Números de internação por doenças relacionadas à água e ao saneamento, tais como diarréia, cólera, febre tifóide, entre outras podem ser acessadas através do sistema. Lá também é possível encontrar indicadores de qualidade da água de todos os municípios brasileiros e verificar a situação de saneamento no país.
De acordo com Christovam, o sistema foi desenvolvido de modo a permitir que a sociedade em geral possa acompanhar os indicadores e reivindicar ações governamentais para a melhoria da qualidade da água e do saneamento nos municípios. Assim, o sistema apresenta índices sobre a procedência da água (carro pipa, encanada, chafariz, poço artesiano etc) e seu tratamento (se é clorada, por exemplo). “Não adianta ter água encanada em casa se ela não for tratada. Isso pode causar mais riscos à saúde do que não receber”, afirma o pesquisador.
Ainda sobre a distribuição da água e o saneamento, Christovam mostra no sistema que muitos municípios apresentam rede de distribuição de água e, por outro lado, seus domicílios não possuem banheiro, o que acomete a saúde dos moradores. O Água Brasil mostra que só a distribuição da água, sem que haja banheiro nas residências não garante a queda da taxa de óbitos por diarréia, por exemplo.
O Sistema desenvolvido pelo LIS está em fase de experimental. A intenção para a próxima etapa é ampliar o número de indicadores e providenciar atualização anuais com o apoio do Ministério da Saúde.
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