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O acesso aberto à informação científica e tecnológica em saúde é um dos principais objetos de debate na oitava edição do Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde (Crics8). A discussão, que ocorre em nível mundial, foi refletida no painel Acesso aberto e alfabetização informacional: um binômio de direitos e os palestrantes foram: a Consultora de Comunicação Científica do Chile, Anna Maria Prat; o diretor do Escritório Internacional Científico e Técnico de Programas de Informação da Academia Nacional em Washington, Paul Uhlir; e o coordenador da editora da Organização Mundial de Saúde, Hooman Mommen. O diretor do Instituto Brasileiro em Informação em Ciência e Tecnologia, Emir Suaiden atuou como moderador do debate que aconteceu no final da tarde do dia 17 de setembro, no Centro de Convenções Rio Cidade Nova.
Ana Maria Prat lembrou da declaração de Budapeste que reconhece o acesso ao conhecimento como um direito de todos. A consultora chilena ponderou sobre a necessidade de se formular políticas nacionais com ênfase na democratização do acesso às produções de pesquisa e ensino a fim de reduzir as iniqüidades entre povos e defendeu a retirada das barreiras que impedem o acesso ao conhecimento, impedindo o desenvolvimento de novas descobertas científicas.
Coordenador da Editora da OMS, Mommen completou a fala de Ana Maria ao considera que apesar da resistência das editoras e dos altos custos das avaliações por pares que emperram a abertura, atualmente, mais de 3600 jornais científicos e cerca de 1200 repositórios já trabalham com textos completos em acesso livre. Para o coordenador, é fundamental avançar nas políticas que estimulam a democratização do conhecimento científico para reduzir a desigualdade entre os países.
Paul Uhlir criticou a disseminação restrita do conhecimento financiado com recursos públicos em ambientes de acesso aberto no mundo. Para ele, defender o acesso aberto é a forma mais impactante para superar a déficit de informação científica dos países pobres e em desenvolvimento. Uhlir ainda pontuou que os países menos favorecidos devem investir em acordos sul-sul para a troca de informação e não somente entre o hemisfério norte e o sul.
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