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Concurso Portinho Livre de Literatura Infantojuvenil divulga as 30 melhores redações | Arte: Thays Coutinho
Será que as batidas do funk podem ajudar a pensar sobre saúde? Com um texto que associa os bondes do gênero musical ao bonde dos que se vacinam em prol da saúde coletiva, o estudante Luiz Felipe Lemos Amorim é o grande vencedor do 1º Concurso Portinho Livre de Literatura Infantojuvenil. Ele tem 14 anos, mora em São Luís do Maranhão e, além de ter o seu texto publicado em livro, receberá como prêmio uma viagem ao Rio de Janeiro, para participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Cento e sessenta e seis jovens, de diferentes regiões do Brasil, enviaram seus escritos para o concurso. Além da redação de Luiz Felipe, outros 29 trabalhos foram selecionadas para integrar um livro, que será lançado nos próximos meses pela Portinho Livre, plataforma de obras infantojuvenis em acesso aberto da Fiocruz. Veja a relação dos 30 selecionados.
Em sua primeira edição, o Concurso Portinho Livre convidou estudantes brasileiros de 13 a 16 anos a escreverem textos sobre o tema "O bonde da vacina: cuidar de si para cuidar do outro". A iniciativa tem o objetivo de fazer adolescentes e jovens refletirem sobre a importância das vacinas, incentivando o pensamento crítico a respeito da responsabilidade coletiva de cada um de nós. Um estímulo à consciência cidadã e ao debate de temas como desinformação, saúde pública e desafios para o futuro.
Diversidade
"O que mais nos surpreendeu foi constatar a variedade e a criatividade dos textos", conta Juliana Krapp, coordenadora da Portinho Livre. "A maioria dos estudantes optou pelo formato dissertativo, apresentando reflexões sobre os desafios da cobertura vacinal e a importância da vacinação. Mas outros escreveram contos, deixando-se levar pelas imaginação em relatos com pitadas de ficção científica e fantasia."
Algumas das redações relembraram episódios históricos, como a Revolta da Vacina. Houve quem evocasse diálogos fictícios no posto de saúde. Quem explorasse o medo de agulhas - e possíveis estratégias para enfrentá-lo. Houve quem usasse o ritmo e as rimas do rap para defender a importância das vacinas. E até quem imaginasse uma brecha na lógica do tempo que permitisse a troca de diários entre uma menina vivendo em 1904 e outra, em 2021.
A maioria dos textos recebidos são do Rio de Janeiro. Mas, dentre os selecionados, também há trabalhos de Anápolis (Goiás), Caucaia (Ceará), Belo Horizonte, Salvador e Taguatinga (DF), por exemplo.
O concurso
O Concurso Portinho de Literatura Infantojuvenil é organizado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Neste primeiro ano, o prêmio celebra o cinquentenário do Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado para garantir à população do país acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
O prêmio também marca o lançamento da Portinho Livre. Plataforma que, ao reunir livros infantojuvenis em acesso aberto, recorre ao poder da literatura para instigar o interesse pela ciência, pela saúde pública e pela cidadania. A Portinho Livre é um projeto apoiado pelo Edital Ideias Inovadoras, do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação.
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