ICICT | Fiocruz - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica

Pesquisadores

Umberto Trigueiros ( Icict/Fiocruz) - coordenação
Kátia Lerner (Laces/Icict/Fiocruz) - coordenação
Izamara Bastos Machado (Laces Icict/Fiocruz) - coordenação
Inesita Soares de Araújo (Laces/Icict/Fiocruz)
Janine Miranda Cardoso (Laces/Icict/Fiocruz)
Silvia Santos (Fiocruz Pernambuco)
Simone Neves Encarnação (Laces/Icict/Fiocruz)
Valdir de Castro de Oliveira (Laces/Icict/Fiocruz)
Wagner Vasconcelos (Fiocruz Brasília)
Wilson Couto Borges (Laces/Icict/Fiocruz)

Parcerias

Serviço de Comunicação Visual – SCV/ Icict/Fiocruz
Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação – CTIC/Icict/Fiocruz

O Observatório Saúde na mídia é uma iniciativa do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces/Icict/Fiocruz). Criado em 2008, seu objetivo principal é realizar análises sobre os modos pelos quais os meios de comunicação de massa produzem sentidos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os temas específicos da saúde, bem como contribuir para a luta pela democratização da comunicação na sociedade em geral e, na saúde, em particular.

Para tal, o Observatório monitora diariamente periódicos impressos de grande circulação no país: O Globo e O Dia (Rio de Janeiro), Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde (São Paulo); Correio Braziliense (Brasília); Jornal do Commercio e Folha de Pernambuco (Recife).

Esse monitoramento tem como meta proporcionar uma visão processual e extensiva que forneça subsídios para a realização de estudos qualitativos em recortes temáticos a serem periodicamente definidos. Estes são realizados prioritariamente a partir do referencial teórico-metodológico da Análise Social de Discursos, que correlaciona os textos com suas condições de produção e circulação, entendendo estas como condições sociais, econômicas, políticas, institucionais e situacionais.

Resultados e desdobramentos

Como resultados obtidos até agora, podemos citar a parceria realizada com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2011, quando foram produzidos seis relatórios: um relativo à cobertura midiática sobre a dengue durante seus períodos de pico (2009/2010) e cinco referentes à Influenza H1N1, no contexto de surgimento da doença e da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza A (H1N1), realizada pelo Ministério da Saúde (2009 e 2010, respectivamente). Estes relatórios proporcionaram subsídios para um olhar analítico sobre os modos como a mídia tratou os temas abordados, bem como informações qualificadas para a tomada de decisões sobre as relações entre Governo e Mídia no que tange a situações de risco.

O Observatório vem, ainda, divulgando seus achados de pesquisa em publicações e eventos científicos nas áreas da Comunicação e da Saúde, bem como em aulas no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde do Icict (PPGICS). Em 2011, realizou um curso de atualização intitulado Saúde e Jornalismo: modos de produzir e analisar, que teve como público-alvo profissionais de comunicação, especialmente jornalistas e assessores, além de profissionais da saúde que atuam de alguma maneira no campo da comunicação. Essa atividade gerou uma publicação, ainda em fase de organização, intitulada Saúde e Jornalismo: modos de analisar, reunindo trabalhos de docentes, alunos e pesquisadores sobre o tema.

As atividades de pesquisa realizadas no âmbito do Observatório vêm envolvendo alunos dos cursos de especialização, mestrado acadêmico e doutorado do Icict, gerando visibilidade e reconhecimento da comunidade acadêmica através de prêmios e indicações: 2º lugar no Prêmio Freitas Nobre (categoria doutorado) do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação Intercom/2011; 1º lugar do mesmo prêmio no ano seguinte; e indicação de trabalho na categoria mestrado no 12º Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde.

Em 2012, o projeto foi contemplado com o edital do Programa de Indução à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Icict (PIPDT) e no segundo semestre iniciou o processo de digitalização do material impresso coletado, que reúne mais de 12 mil folhas de jornais com textos sobre saúde. Paralelamente, está desenvolvendo um banco de dados voltado à organização e recuperação desse material, possibilitando em breve o seu acesso a pesquisadores de interesses variados, bem como a geração de dados de caráter quali-quanti que nos permitam compreender de forma mais precisa como a saúde se apresenta na mídia impressa dos principais jornais brasileiros.
O conhecimento gerado no âmbito deste projeto visa trazer contribuições para o campo da comunicação e saúde, em suas dimensões de ensino, pesquisa e serviços e em especial almeja que seus resultados possam colaborar para a melhoria do SUS.