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O pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz, Christovam Barcelos, integrou uma mesa para analisar as variações climáticas nos Congressos Mundial e Brasileiro de Epidemiologia, em Porto Alegre. Mudanças climáticas e disparidades em saúde foi o tema levado por Christovam para o congresso, que, nesta edição, trata a epidemiologia na construção da saúde para todos.
Durante a apresentação, o pesquisador que é geógrafo e doutor em saúde pública explicou que, no passado, produtos radioativos eram a principal preocupação em relação a problemas de saúde decorrentes do meio ambiente. Atualmente, os problemas estão ligados, principalmente, ao buraco na camada de ozônio, que provocam o aquecimento global levando as mudanças climáticas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, todas as regiões do planeta foram afetadas pelo aquecimento global, e as crianças são as que mais sofrem com os problemas de saúde. De acordo com Christovam, o problema do aquecimento representa, em linhas gerais, acúmulo de energia, e isso significa variabilidade climática.
"Essa variabilidade provoca chuvas, ventos, enchentes e etc, o que possibilita a ocorrência de doenças causadas por vetores, como a malária e a dengue", explicou Christovam. O pesquisador ainda ressaltou que, essa vulnerabilidade é maior entre os mais pobres e nos países em desenvolvimento.
Além dessas doenças, a diarréia aparece como um grave problema de saúde relacionado ao meio ambiente. ´´Quando há distribuição de água, o número de casos de diarréia diminui, mas se essa água não é tratada, os números aumentam em até 50% nas crianças``, explicou o pesquisador.
Para o pesquisador, é necessário o investimento em modelos mais complexos com outras abordagens e o aumento da qualidade dos serviços de saúde, como saneamento básico e o atendimento a saúde.
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